Vem aí a Depressão Lola: onde terá maior impacto no fim de semana?

A umas escassas horas da chegada da depressão Lola a Portugal continental, importa relembrar que os Açores já se encontram sob a influência desta tempestade. Após deixar os Açores, progredirá de oeste para este em direção ao continente. No seu longo trajeto pelo Oceano Atlântico, este centro de baixas pressões está a recolher ar quente da zona subtropical, o que a torna bastante peculiar.

Os Açores encontram-se sob a faceta mais extrema de Lola, com rajadas de vento próximas aos 130 km/h e períodos de chuva, por vezes, forte e persistente. Isto sem esquecer a forte agitação marítima, com ondas de altura máxima entre os 6 e 7 metros.

A depressão Lola afeta a partir de amanhã o Continente

Esta tempestade começará a surgir a meio da manhã de sexta-feira, esperando-se que todas as regiões recebam a mesma quantidade de precipitação, numa distribuição geográfica que será praticamente uniforme. O tempo adverso gerado pela depressão Lola prolongar-se-á durante o fim de semana, sob a forma de períodos de chuva, intercalados com aguaceiros. Tanto no sábado, como no domingo, se prevê a intromissão ocasional dos aguaceiros ou da chuva mais contínua. Está dado o mote para um final de abril que fará jus ao famoso provérbio “Abril, Águas Mil”!

Para o fim de semana, saliente-se também o risco iminente de trovoadas vespertinas, ou seja, mais prováveis à tarde, que poderão em ocasiões ser acompanhadas de granizo, devido à ação das nuvens de forte desenvolvimento vertical, mais conhecidas como cumulonimbus. Estas situações são sempre difíceis de prever com exatidão, representando uma autêntica lotaria.

De momento, o ECMWF, estima que esta situação ocorra sobretudo no litoral Norte e Centro (Braga, Porto, Aveiro e Coimbra), com ecos pelo interior, nas regiões da Beira Interior e do Alentejo. No domingo, as trovoadas poderão ocorrer nas mesmas regiões, mas com um alargamento do seu raio de ação ao marcharem em direção a sul.

Outro elemento meteorológico que assumirá o protagonismo do tempo em Portugal continental ao longo dos próximos dias será o vento de Sul/Sudeste. Notaremos um aumento significativo da sua intensidade, com rajadas máximas de 90 km/h nas terras altas. A ventania será mais intensa e duradoura no interior do país, esperando-se que dure pelo menos até domingo. Não obstante, também na faixa costeira, os ventos alcançarão rajadas máximas de 50 km/h.

No que se refere às temperaturas, como esta depressão se encontra embebida em ar tropical, ao atingir o nosso território, provocará um aumento significativo das temperaturas nos termómetros, sobretudo na região Norte. Sexta e sábado serão dias bastante amenos, com máximas superiores a 20 ºC em todo o país, exceto nas capitais dos distritos de Bragança, da Guarda e de Portalegre. No domingo, contudo, antecipa-se uma ligeira descida das temperaturas máximas, que contudo, permanecerão suaves. Os termómetros vão assinalar os 19 ºC no Porto e em Faro, e 20 ºC em Lisboa.

Chegará à Madeira a depressão Lola?

De acordo com as mais recentes atualizações do ECMWF, o tempo registará um agravamento na Região Autónoma da Madeira, ao contrário do que inicialmente se previa. A depressão Lola gerará a ocorrência de períodos de chuva ou aguaceiros, não se descartando eventual trovoada. O período com maior probabilidade de tempo adverso será no domingo, dia 25 de abril.

Até lá, teremos períodos de céu nublado, a alternar com abertas, e alguns períodos de chuva fraca, mais prováveis nas metades ocidental e sul da ilha, em localidades como a Calheta e a Ribeira Brava. Contudo, a precipitação deverá cair um pouco por toda a ilha. É esperado também um aumento significativo da intensidade do vento que soprará moderado, por vezes forte do quadrante oeste. As rajadas serão de até 80 km/h nas terras altas e nos extremos oriente e ocidente da ilha da Madeira.

A agitação marítima aumentará a partir desta sexta-feira, tanto na Madeira como na ilha de Porto Santo. Na costa sul registar-se-ão ondas de oeste/sudoeste com 3 a 4 metros e altura máxima significativa entre os 6 e os 7 metros.

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