Uma frente fria "varrerá" Portugal nos próximos dias. Saiba o que esperar da chuva até ao Domingo de Páscoa, 20 de abril

Vai continuar a chover nos restantes dias desta Semana da Páscoa 2025. É na Sexta-feira Santa, 18 de abril, que se prevê o período mais adverso de chuva e de outros elementos climáticos. Saiba a previsão completa!

A semana da Páscoa 2025 em Portugal continental está e vai continuar a ser marcada por um estado do tempo instável e predominantemente chuvoso. A primeira metade desta Semana Santa foi caracterizada pela precipitação, não só sob a forma de chuva, mas também sob a forma de neve que foi notícia em vários locais do nosso país.

Para os próximos dias, entre Quinta-feira Santa, 17 de abril e a Segunda-feira de Pascoela, 21 de abril, prevê-se uma continuidade deste panorama meteorológico húmido, chuvoso e instável. Tudo se deverá à passagem de sucessivos sistemas frontais, associados a uma vasta região depressionária localizada a noroeste de Portugal continental e Espanha peninsular.

Sexta-feira Santa, 18 de abril, um dos dias mais adversos para a população. Eis as zonas mais expostas

Para esta Quinta-feira Santa (17) prevê-se céu geralmente muito nublado. Haverá períodos de chuva ou aguaceiros, geralmente fracos e mais frequentes no litoral Oeste. É expectável se que sejam menos prováveis na Região Sul. O vento soprará fraco a moderado do quadrante Oeste.

A partir da tarde rodará para o quadrante Sul sinalizando a iminente instabilidade procedente do Atlântico (uma grande frente fria que “varrerá” o nosso país na Sexta-feira Santa (18), associada a uma depressão centrada sobre as Ilhas Britânicas).

Amanhã, 17 de abril, o vento soprará pontualmente forte na faixa costeira das Regiões Norte e Centro e nas terras altas nas últimas horas do dia. Perspetiva-se ainda a possibilidade de formação de nevoeiro matinal nalguns locais das regiões do interior. Espera-se ainda uma subida das temperaturas, especialmente dos valores das mínimas.

A precipitação acumulada irá registar, até ao final do Domingo de Páscoa, 20 de abril, entre 55 e 120 mm nas regiões mais expostas à frente fria e aguaceiros pós-frontais que "varrerão" Portugal continental.

Quanto ao feriado de Sexta-Feira Santa, 18 de abril, espera-se que seja o dia com chuva mais abundante, tanto em intensidade, como em termos de área geográfica abrangida em Portugal continental.

Corroborando as previsões meteorológicas lançadas nos últimos dias pela Meteored, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje aviso amarelo de precipitação para a próxima sexta-feira, 18 de abril, nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real e Viseu.

Os valores mais elevados da pluviosidade acumulada estão previstos para as regiões situadas a oeste da Barreira de Condensação e variarão entre 55 e 120 mm.

Esta chuva será descarregada pela passagem rápida e vertiginosa de uma frente fria associada a uma tempestade atlântica que se localizará sobre as Ilhas Britânicas. À medida que a frente for percorrendo o nosso país de noroeste para sudeste, acabará por molhar toda a geografia do Continente.

Os distritos acima referidos estão sob aviso amarelo não só pela previsão de períodos de chuva, por vezes forte, que posteriormente passarão a regime de aguaceiros, mas também porque o efeito orográfico exercido pela Barreira de Condensação (mais retenção de nuvens e precipitação) explica a maior exposição destes distritos à precipitação gerada pela frente fria.

Este mapa da Meteored é "claro como água". A sudoeste das Ilhas Britânicas observa-se o centro da tempestade atlântica (999 hPa) às 07:00 da manhã da próxima Sexta-feira Santa, 18 de abril, e, a "varrer" Portugal continental, percebe-se a sua frente fria associada, que descarregará precipitação abundante na sua trajetória de noroeste para sudeste. A chuva despejada pela frente será reforçada por um rio atmosférico.

Para o Sábado Santo (19) e Domingo da Ressurreição ou da Páscoa (20) espera-se a permanência de um estado do tempo instável e chuvoso devido à persistência de pequenas frentes e aguaceiros pós-frontais. A chuva, ao longo de toda esta Semana Santa 2025, será mais provável, frequente e intensa nas regiões situadas a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.

Destaque ainda para a possibilidade de queda de neve nos pontos mais elevados da Serra da Estrela na próxima Sexta-feira Santa (18), com a cota a descer para os 1200 metros de altitude nas terras altas do Norte e Centro a partir do final do dia 18. Por último, neste dia, perspetiva-se ainda a possibilidade de ocorrência de trovoada.

Porém, mesmo nas regiões situadas a leste da Barreira de Condensação e a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela também choverá nos próximos dias, embora tal aconteça com menor frequência, menor intensidade e mais vezes em regime de aguaceiros.

Flutuação das temperaturas à vista na reta final do período pascal

Para esta Quinta-feira Santa (17) prevê-se uma ligeira subida da temperatura do ar, sendo que na Sexta-feira Santa (18) o tempo deverá voltar a arrefecer. Para o Sábado Santo (19) prevê-se nova descida térmica, tanto nas máximas como nas mínimas. As temperaturas máximas variarão entre 8 e 14°C no interior Norte e Centro e entre 14 e 18 °C na restante geografia de Portugal continental.

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Os valores de temperatura do ar mais elevados estão previstos para a Região Sul. Porém, as temperaturas continuarão geralmente inferiores ao habitual para esta época do ano, pelo que será registada uma anomalia negativa térmica, isto é, estará um tempo ligeiramente mais frio do que o normal.

Cautela também com o vento e a agitação marítima

Para o Sábado Santo, 19 de abril, o vento soprará fraco a moderado. Espera-se que seja mais forte nas regiões do litoral mas também nas terras altas. Nas terras mais próximas à costa as rajadas poderão atingir até 65 km/h e nas zonas de maior altitude e montanhosas as rajadas poderão alcançar até 75 km/h.

Para os próximos dias, e em particular no fim de semana da Páscoa 2025 - Sábado Santo (19) e Domingo de Ressurreição ou da Páscoa (20) - prevê-se um aumento da agitação marítima. A ondulação de noroeste será notável na costa ocidental, estando previstos 4 a 5 metros de altura significativa em ambos os dias.