Tempo no fim de semana: ventoso e com descida das temperaturas
Depois da tempestade, vem a bonança. O famoso provérbio popular, neste caso, não podia revelar-se mais certeiro dado que, num curto espaço de tempo, o tempo estável voltou a imperar. Durará muito? Confira a previsão do tempo em Portugal continental para os próximos dias!
No arranque da semana que ainda está a decorrer ocorreram acontecimento dignos de realce (chuva forte, cheias rápidas e trovoadas). A entrada de uma tempestade isolada em altitude pelo oeste de Portugal continental (que neste momento está a deixar os seus últimos vestígios pelo Mediterrâneo e sul de França) ocorreu entre segunda (13) e quarta-feira (15). Tanto na segunda, mas sobretudo durante o dia de terça-feira originou precipitação forte e generalizada, tal como se pode ver no artigo em destaque.
Por exemplo, em apenas 24 horas, as estações meteorológicas da Beira Interior/Beira Alta acumularam entre 86 e 82 mm (Viseu e Guarda - respetivamente) e a de Coimbra somou uns impressionantes 158 mm! Destaque também para as pontuais fortes rajadas de vento Sul que contribuíram para que, em diversas localidades ocorressem quedas de árvores.
Depressão nas Ilhas Britânicas ainda deixará alguma chuva antes do fim de semana
Esta quinta-feira o dia amanheceu nublado devido à persistência de nevoeiros a baixa altitude em muitos pontos do país (sobretudo na faixa do litoral), mas com o avançar das horas o panorama meteorológico “compôs-se” dando espaço ao céu limpo, enfim, a tempo maioritariamente soalheiro, tal como se antecipava.
Isto deve-se não só à deslocação da tempestade (que ainda gerou chuvas nalguns pontos do país ontem) para leste, rumo ao Mediterrâneo espanhol e Sul de França, como também ao posicionamento do anticiclone dos Açores que se solidificou a oeste de Portugal continental, bombeando as altas pressões a si associadas até à nossa latitude.
Não obstante, para amanhã, sexta-feira dia 17, prevê-se a ocorrência de chuva fraca, especialmente em pontos de toda a Região Norte e ocasionalmente em pontos do litoral da Região Centro, nomeadamente em Coimbra e Leiria. Estes chuviscos estarão associados a uma depressão que estará a atravessar as Ilhas Britânicas, resultando assim num breve período de instabilidade meteorológica na geografia luso-continental.
Sábado e domingo ventosos, mas soalheiros
Para sábado e domingo antecipa-se uma situação meteorológica que dará continuidade ao tempo estável e, em geral, soalheiro. Um dos destaques vai para a madrugada de sábado em localidades cerca dos 500-700 metros de altitude no distrito da Guarda, sobretudo as que se encontram na encosta ocidental da Serra da Estrela, que poderiam registar alguns chuviscos, embora a probabilidade seja reduzida.
Outro dos aspetos de realce terá a ver com o vento que, após a passagem da tempestade, já está definitivamente a assumir o seu “normal” trajeto dominante em terras lusas: soprando do quadrante Norte – com maior pendor desde o Noroeste. Assim, tanto sábado como domingo serão dias ventosos, em particular na faixa costeira ocidental, e com mais ênfase entre o Cabo Carvoeiro e o Douro. Espera-se vento moderado, por vezes forte, com rajadas máximas que poderão alcançar até 50 km/h.
Por último, e não menos importante de salientar, as temperaturas vão sofrer uma pequena descida, aplicando-se isto quer às máximas quer às mínimas. A descida será mais evidente na jornada de sábado com várias localidades do Norte e Centro a registarem mínimas inferiores ou iguais a 10 ºC ainda em meados de setembro, tais como Braga, Bragança, Viseu e Guarda, dando os primeiros sinais do outono que já se quer começar a impôr. Aliás, na maioria dos distritos do Continente as máximas nem sequer vão superar a marca dos 25 ºC, com exceção das capitais distritais de Beja e Faro.
Já no domingo, prevê-se uma suave subida das temperaturas, especialmente das máximas, em praticamente todo o país. Para o Porto prevê-se máxima de 21 ºC, enquanto que Lisboa registará 23 ºC. Por agora, a circulação atmosférica favorece um regime anticiclónico, e, no curto prazo, não voltaremos tão cedo a ser afetados por cheias e trovoadas.