Tempo instável volta a atingir Portugal em breve: saiba que regiões estarão mais expostas à chuva, trovoada e granizo
Em breve espera-se que outro sistema de baixas pressões volte a influenciar o estado do tempo em Portugal continental. Saiba que regiões do país estarão mais expostas à chuva, trovoada e granizo nos próximos dias.
Esta quarta-feira (6) amanheceu com nevoeiro matinal nalguns locais do país, em particular em pontos das Regiões Centro e Sul, e o céu exibiu-se em geral nublado, tendo por vezes intercalado com boas abertas nalgumas regiões.
O vento soprou fraco do quadrante Sul e a temperatura máxima subiu, atingindo os 30 ºC em Coimbra, um dos valores mais altos hoje registado em Portugal. A temperatura mínima situou-se nos 12 ºC na Guarda. Nos Açores e na Madeira o vento soprou moderado a forte, de quadrantes variáveis, e a chuva caiu fraca a moderada.
Para amanhã, quinta-feira 7 de setembro, estão previstos, de novo, períodos de céu muito nublado. Além disto, após uma quarta-feira de interregno, o regresso da precipitação deverá efetivar-se sob a forma de aguaceiros fracos e dispersos pelo Norte e Centro de Portugal continental, em particular nas regiões mais próximas ao litoral (entre os distritos de Viana do Castelo e Lisboa) e sobretudo entre o final da manhã e início da tarde.
No interior tampouco se exclui a hipótese de aguaceiros convectivos localizados, isto é, com ocorrência de trovoada e até mesmo de granizo. O vento continuará a soprar do quadrante Sul e é espera uma suave subida da temperatura mínima nas regiões do interior.
Na sexta-feira as primeiras linhas de instabilidade chegam ao território do Continente
Para sexta-feira, 8 de setembro, prevê-se que o tempo volte a ficar variável, mas especialmente instável. Na sequência de uma perturbação atlântica relativamente estruturada em pleno Atlântico, que tem estado “mais ou menos” estacionada às portas do ocidente da Península Ibérica (Portugal e Galiza) e que está a ser monitorizada pelo NHC - Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, várias linhas de instabilidade bastante desorganizadas, associadas a esta perturbação ou depressão, rumarão ao nosso país produzindo os primeiros aguaceiros, potencialmente acompanhados de trovoada e granizo (em particular nas regiões do interior).
Dito cenário é aquele sobre o qual o modelo ECMWF - aquele em que mais confiamos - tem insistido há vários dias e parece que está prestes a cumprir-se. Estima-se oscilações pouco significativas no que diz respeito às temperaturas máximas e o vento soprará, uma vez mais, do quadrante Sul.
Fim de semana com tempo variável e instável: onde se prevê mais chuva e trovoada?
Com uma atmosfera tão dinâmica - sobretudo nesta altura do ano em que estamos a transitar do verão para o outono astronómico - e com linhas de instabilidade tão desorganizadas associadas a uma depressão que nasceu de dois sistemas de baixas pressões com características completamente distintas (gota fria e “ex-furacão Franklin”), prever com exatidão onde irá chover ou trovejar mais torna-se bastante complexo e por isso, aquilo que se descreve, baseia-se em probabilidades - daí o termo previsão - e não certezas.
O carácter errático das linhas de instabilidade torna difícil uma previsão certeira, o que provoca uma frequente alteração nos mapas de densidade de raios e de acumulação pluviométrica, no entanto, de momento, o modelo Europeu insiste que, ao longo dos próximos 4 dias, e em particular entre sábado (9) e domingo (10), chova sob a forma de chuva ou aguaceiros, nalgumas regiões fracos, dispersos e intermitentes e noutros de maneira mais forte e localizada (como é o caso das regiões do interior e as áreas montanhosas).
Além da persistência do fluxo de Sul, que como se sabe está sempre conectado ao vulgarmente conhecido “mau tempo”, prevê-se uma descida quase generalizada e significativa das temperaturas de sexta (8) para sábado (9) e de sábado (9) para domingo (10) em Portugal.
Para já, os mapas do modelo determinista apostam que as áreas geográficas mais atingidas pela precipitação, trovoada e granizo sejam as regiões do interior, com a acumulação pluviométrica a evidenciar-se na Beira Baixa (Castelo Branco), território onde são esperados mais de 100 mm em 4 dias, seguido pelos do Minho e Douro Litoral (Viana do Castelo, Braga e Porto), em que, no mesmo período de tempo se preveem 50 a 75 mm de água da chuva. Além disto, algumas partes de distritos como os de Coimbra, Viseu e Leiria também poderão ser razoavelmente bem regadas.
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