Tempo instável em Portugal: chuva, aguaceiros e trovoada nos próximos dias

As temperaturas elevadas do início de maio deram lugar, esta quarta-feira, aos aguaceiros e à chuva. Também se prevê trovoada hoje e nos próximos dias. Até quando irá durar o tempo instável em Portugal?

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A instabilidade atmosférica fez-se sentir esta quarta-feira, 3 de maio, em várias regiões de Portugal continental. Até quando se prevê chuva e trovoada?

Esta quarta-feira, 3 de maio, já se pressentia a iminente mudança no estado do tempo em boa parte de Portugal continental. As nuvens aglomeravam-se no céu, pintando-o de um cinza cada vez mais escuro e fazendo adivinhar o que estava por chegar nas horas seguintes. A manhã de quarta-feira (3) foi marcada por um panorama variável, com períodos de sol, algum calor, mas também por nuvens e alguns tímidos aguaceiros que irromperam nalgumas partes da Região Norte e também do Centro do país.

Entretanto, a tarde do dia de hoje foi-se revelando bem ativa do ponto de vista pluviométrico. Inicialmente com aguaceiros fracos e intermitentes, mas rapidamente mudando para um regime de chuva fraca, mas mais contínua. Isto foi-se registando – sobretudo – na Região Norte, e em particular, com mais abundância nas áreas montanhosas. Ainda assim, destaque-se a queda de precipitação ocorrida nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real e Viseu, aqueles que mais chuva deverão acumular até ao final do dia de hoje.

Por último, ao efeito benéfico inevitavelmente trazido pela chuva aos solos, terrenos agrícolas e barragens da parte mais setentrional do país – ou grosso modo a que se situa a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela – acrescenta-se a provável ocorrência de atividade elétrica sob a forma de trovoada nalguns pontos da Região Norte, bem como a possibilidade de queda de granizo.

Como se não bastasse, a temperatura desceu acentuadamente em virtude da chegada dos sistemas de baixas pressões responsáveis por trazer a instabilidade atmosférica até estas regiões de Portugal continental, algo também potenciado pelo fluxo de vento que lhe está indubitavelmente conectado – o do quadrante Sul (e em específico de Sudoeste).

Quinta e sexta: tempo bem menos adverso e confinado a apenas algumas áreas do país

Amanhã – quinta-feira, 4 de maio, - o vento soprará de direções variáveis, tendencialmente do quadrante Oeste. Prevê-se chuva fraca ou aguaceiros, sobretudo na primeira metade do dia, sendo mais provável na Região Norte e também nos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. A sul do Mondego, a precipitação será pouco provável, bastante residual e muito dispersa pelas regiões centrais e austrais de Portugal.

Além disto, a temperatura terá tendência a descer na maioria da nossa geografia continental (exceto no Algarve onde deverá subir), esperando-se máxima de 19 ºC no Porto e em Braga, 23 ºC em Coimbra, 17 ºC na Guarda, 22 ºC em Lisboa e 25 ºC em Évora e Faro.

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Para quinta-feira, 4 de maio, antecipa-se uma descida generalizada da temperatura em Portugal continental. No entanto, há áreas do interior alentejano que poderão atingir 26 ºC de temperatura máxima.

Para sexta-feira (5) prevê-se um panorama meteorológico de céu, em geral, nublado ou muito nublado, com possibilidade de boas abertas. A possibilidade de chuviscos ou chuva fraca deverá restringir-se ao Litoral Norte. O vento soprará geralmente de Noroeste e a temperatura sofrerá poucas oscilações, antecipando-se, para a maioria das regiões do país, uma pequena subida térmica – pelo menos no que diz respeito ao valor de máxima.

Chuva à vista para sábado, 6 de maio?

Para sábado (6), embora não esteja confirmado o episódio de chuva que os modelos sugerem (ECMWF), a chegada de uma frente atlântica que cruzaria boa parte da Península Ibérica, de oeste para leste, é um cenário meteorológico que se afigura como cada vez mais provável.

De novo, as regiões mais beneficiadas pela água da chuva seriam as que estão a norte da cadeia montanhosa Montejunto-Estrela (com particular ênfase no Minho e Área Metropolitana do Porto), mas, desta vez, de acordo com o que se observa nos mapas meteorológicos, a precipitação poderia expandir-se para leste (rumo a Espanha) e para sul, praticamente até à fronteira entre o Baixo Alentejo e o Algarve.