Tempo em Portugal esta semana: IPMA avisa para tempo quente, haverá chuva e trovoadas também?

A primeira semana de julho arranca com aviso amarelo para tempo quente nalguns distritos de Portugal continental. Irá o calor intensificar ou diminuir nos próximos dias? E quanto à chuva, o que esperar? Consulte a previsão!

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A semana arrancou com aviso amarelo por tempo quente nalguns distritos de Portugal continental. Mas poderão ocorrer alterações. Qual é a previsão do tempo para os próximos dias?

A primeira segunda-feira de julho (3) arrancou com céu limpo ou pouco nublado de norte a sul de Portugal continental. O calor mantém-se intenso no país, apesar de uma ligeira diminuição da temperatura máxima em relação ao dia de ontem (domingo, 2). Ainda assim, cinco distritos do Continente (Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Setúbal) estão sob aviso amarelo por tempo quente até às 21:00 de hoje devido ao risco moderado de temperatura máxima extrema.

Por outro lado, o litoral Norte e Centro registou neblina matinal, típica da época estival. Também o vento tem soprado fraco a moderado do quadrante Norte esta segunda (3), geralmente de Noroeste, mostrando-se pontualmente forte esta tarde (entre 30 e 50 km/h).

Para terça (4) prevê-se uma pequena descida térmica generalizada, exceto na metade oriental do distrito de Faro (Sotavento Algarvio) onde se espera uma subida da temperatura máxima.

Aliás, para amanhã e para quarta-feira (5) a região do Algarve já está oficialmente sob aviso amarelo por causa do calor intenso previsto. O tempo quente na parte mais austral do território de Portugal continental provocará noites e dias bastante quentes, com os termómetros a registar mínimas entre 21 ºC e 22 ºC na cidade de Faro e máximas entre 33 ºC e 35 ºC. A parte nordeste da região algarvia poderá inclusive atingir 38 ºC nas próximas 48 horas.

Em geral, para terça (4), no resto do país espera-se céu limpo, embora possa mostrar-se pouco nublado durante a manhã no Litoral Norte (Porto e Viana do Castelo) e nalguns pontos do Centro (Coimbra). O vento continuará a soprar, em geral, do quadrante Norte. Poderá ser pontualmente forte na faixa costeira a sul do Cabo Raso e nas áreas montanhosas.

Quarta com risco de aguaceiros dispersos e trovoada no interior

Já na quarta (5), o estado do tempo estável e predominantemente soalheiro manter-se-á, de um modo geral. Prevê-se nevoeiro matinal nalguns locais do Norte e Centro, sobretudo junto da faixa litoral. O vento manter-se-á do quadrante Norte, não alterando muito a sua intensidade em relação aos dias anteriores. A temperatura máxima registará poucas oscilações.

Contudo, nos territórios do litoral Norte e Centro (durante a manhã) e nas regiões do interior Norte e Centro (durante a tarde) são esperadas nuvens de média e baixa altitude. Há inclusive uma pequena possibilidade da tendência de estabilidade ser quebrada por aguaceiros fracos e dispersos nas regiões do interior, com o nosso modelo de confiança (ECMWF) a sugerir a Beira Baixa como a área mais provável de registar alguma precipitação na próxima quarta-feira (5). Não se descarta ocorrência de trovoada, embora a probabilidade seja muito reduzida.

Uma depressão “entrará em jogo” no Atlântico

Ao longo do dia de quinta-feira (6) uma depressão cavará vertiginosamente a oeste-noroeste das Ilhas Britânicas e, em altitude, um vale depressionário atlântico penetrará pelo Norte da Península Ibérica. À escala nacional não estão previstos, para esse dia, quaisquer efeitos, pelo menos não do ponto de vista pluviométrico - ou seja, chuva.

No entanto, espera-se uma descida da temperatura e algumas nuvens, apesar de um panorama meteorológico maioritariamente soalheiro, estável e ameno a quente. As temperaturas máximas rondarão os 21 ºC/23 ºC no Litoral Norte, por contraste com os 33 ºC/35 ºC no Alentejo.

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Sábado, 8 de julho, pode vir a ser um dia marcado por precipitação fraca no Minho e Douro Litoral.

Até quinta (6), teremos um anticiclone situado a sul dos Açores que impedirá a chegada de frentes ou descargas de ar frio a Portugal, no entanto, devido ao seu carácter móvel, à sua pouca robustez e à entrada em cena de uma depressão atlântica muito cavada, o "jogo" de pressões na atmosfera poderá sofrer alterações. Deste modo, a reta final desta primeira semana de julho e, em particular, o dia de sábado, poderá vir a ser caracterizado por chuva nalgumas regiões da nossa geografia.

Nuvens, chuva e não muito calor… o que está à vista para o fim de semana?

Para sexta (7) prevê-se um tempo muito semelhante a quinta, bastante estável e maioritariamente soalheiro, embora quiçá com nebulosidade persistente no litoral a norte do Cabo da Roca. A maioria das regiões registará temperaturas máximas inferiores a 30 ºC, exceto na Beira Baixa, Alentejo e Algarve onde se preveem valores superiores.

Para sábado (8) e domingo (9), segundo fim de semana de julho, caso as previsões do nosso modelo de referência se confirmem, serão marcados por uma nortada forte, uma pequena e gradual descida da temperatura em relação aos dias anteriores e por chuva fraca e dispersa no Minho (Viana do Castelo e Braga) e Douro Litoral (Porto), numa fase inicial, que se repetirá no domingo nestas mesmas regiões, podendo inclusive alastrar-se para leste, no interior norte, concretamente no distrito de Vila Real. Também pode chegar de maneira pouco frequente e em menores quantidades a outros pontos do país.

A previsão de precipitação nalgumas regiões de Portugal no fim de semana de 8 e 9 de julho poderá estar associada a uma frente derivada de uma depressão atlântica que estará a afetar as Ilhas Britânicas. No entanto, realce-se a elevada incerteza da previsão para o próximo fim de semana dada a distância temporal.

Não obstante, ainda existe uma elevada incerteza à data de hoje, até porque os mapas estão a projetar vários e diferentes cenários. Por um lado, poderá estar sol e calor (com valores dentro da média climatológica de referência, ou inclusive abaixo da mesma nalgumas regiões).

Por outro lado, o que de momento se vê como mais provável para Portugal segundo as saídas deterministas dos modelos a curto prazo, é a já mencionada descida ligeira das temperaturas, uma continuidade do regime de ventos do quadrante Norte/Noroeste, alguma nebulosidade e a possível ocorrência de precipitação fraca e dispersa no litoral e em partes do interior da Região Norte.