Tempo da próxima semana: estarão os dias de chuva mais perto de regressar?
Após este fim de semana, toda a gente está atenta ao tempo para a terceira semana de maio e à possibilidade do regresso da chuva, fulcral para enfrentar uma seca que se mostra imparável. Eis a previsão para Portugal!
O estado do tempo neste segundo fim de semana de maio será estável, seco e maioritariamente soalheiro. A temperatura máxima registará uma subida gradual entre esta sexta (12) e domingo (14), mas, ao mesmo tempo, ocorrerá uma descida dos valores de mínima, o que resultará em acentuado arrefecimento noturno e em grande amplitude térmica diária. O vento forte de Norte registará uma ligeira diminuição na sua intensidade.
As altas pressões manterão a sua influência nas proximidades da Península Ibérica, e Portugal continuará, por mais uns dias, sem a chuva generalizada de que tanto necessita para enfrentar a seca, que progride a um ritmo avassalador pela nossa geografia continental. Mas será que este preocupante panorama poderá mudar na semana vindoura? Eis o que se poderá passar em Portugal no curto-médio prazo!
Próxima semana arranca com mais períodos nublados, haverá mudanças?
Para segunda (15) prevê-se, na maioria das cidades capitais de distrito, uma subida da temperatura máxima, mantendo-se a tendência para um tempo relativamente quente, estável e seco. Haverá mais nuvens mas também boas abertas, um pouco por todo o território. Espera-se assim um valor de máxima de 22 ºC no Porto, 25 ºC em Lisboa e 27 ºC em Coimbra e Faro. As mínimas deverão manter-se abaixo do patamar dos 10 ºC em boa parte do Nordeste Transmontano, Beira Alta e partes do Alto Tâmega e Douro.
Na terça (16) a estabilidade meteorológica deverá manter-se, de norte a sul de Portugal continental. Contudo, começarão a ser percetíveis períodos nublados mais frequentes e uma menor tendência para o céu totalmente limpo. As nuvens poderão ficar mais escuras na metade setentrional do território, salientando-se a Região Norte e o interior da Região Centro. A temperatura voltará a registar alterações, prevendo-se uma subida dos valores de máxima nalguns locais, e uma descida da máxima noutros, ainda que sem ser de maneira significativa.
Chuva poderá regressar a 17 de maio, segundo o modelo ECMWF
Embora a incerteza na previsão se mantenha elevadíssima e os modelos meteorológicos continuem instáveis a cada atualização que lançam, um olhar pela atual cartografia sinótica “denuncia” um afastamento das altas pressões ligeiramente para oeste da sua atual posição - no Atlântico - o que abriria caminho para a chegada de possíveis depressões isoladas em altitude ao Sul da Península Ibérica na quarta-feira, dia 17.
Este panorama, apesar de longe de estar confirmado, aposta no regresso de alguma precipitação a regiões do país (Alentejo, distrito de Setúbal e Algarve) que estão altamente carenciadas de água nos seus solos. De acordo com as atuais projeções, os distritos mais beneficiados pela pluviosidade seriam os de Beja e Faro.
Entretanto, estas baixas pressões poderiam continuar a exercer influência ao descarregar chuva ou aguaceiros de maneira intermitente, irregular e dispersa nos dias seguintes (quinta 18 e sexta 19 de maio), em qualquer ponto do país (tendencialmente mais no interior - não se descarta que chegue ao litoral), possivelmente até mesmo com trovoada. No entanto, com um prazo superior a 6/7 dias, a incerteza aumenta consideravelmente e torna-se, fundamentalmente, ficção científica.
Quanto à temperatura, pode-se esperar valores dentro do normal em grande parte do território de Portugal continental, exceto nas terras altas do Norte e do Centro e no litoral a sul do Cabo da Roca e Barlavento Algarvio onde se prevê uma ligeira anomalia térmica negativa (até 1 ºC inferior à média climática).
Esperança para a chuva na segunda quinzena de maio parece ter reacendido, segundo as atuais previsões do Europeu
Os mapas mostram uma inversão da anomalia de precipitação, e, agora, dão conta da possibilidade de chuva superior à média para a semana de 22 a 29 de maio e também para os últimos dias de maio e primeiros de junho.
Contudo, é nosso dever salientar que estas tendências meteorológicas, além da grande incerteza que acarretam, só são capazes de detetar alterações de grande escala na circulação atmosférica e, qualquer interferência ou mudança de carácter mais regional passa despercebida, podendo, naturalmente influenciar ou condicionar a previsão inicial do estado do tempo, inclusive à escala de um país, como é Portugal.