Tempo da próxima semana em Portugal com sol e calor, mas também risco de trovoadas: onde?
As temperaturas vão subir gradualmente ao longo dos próximos dias em Portugal. No entanto, nas próximas tardes, poderão surgir aguaceiros e trovoadas dispersas nalgumas regiões. Não se descarta ocorrência de granizo. Consulte a previsão para a próxima semana!
Nestes últimos dois/três dias, o tempo quente em Portugal continental tem sido amenizado por uma massa de ar mais fresca, associada à passagem de um vale depressionário que atravessou o Norte de Espanha. Isto provocou uma notável descida da temperatura máxima praticamente de norte a sul do país, exceto na região do Algarve na quinta-feira (29), quando Faro registou uma subida térmica e atingiu 39 ºC.
A forte nortada (vento de Norte ou Nordeste) contribuiu para a diminuição da sensação térmica quer de dia (sobretudo durante as tardes), quer nas horas noturnas, tanto nos territórios do litoral e mais próximos ao Atlântico, como nas regiões do interior. Agora que estamos prestes a entrar em julho, o que indica a previsão do tempo para a próxima semana em Portugal?
Crista anticiclónica e radiação solar: tempo mais estável e quente nos próximos dias
Uma crista anticiclónica de baixa amplitude resultará num estado do tempo mais estável e soalheiro nos próximos dias, os primeiros de julho. A forte radiação solar desta época do ano irá fazer com que a massa de ar situada sobre Portugal continental aqueça gradualmente, levando a um aumento progressivo das temperaturas. As máximas registarão uma subida mais acentuada do que as mínimas, que irão alternando entre subida e descida mais ou menos até meados da próxima semana.
De facto, o calor irá intensificando gradualmente entre sábado, dia 1 e segunda, dia 3, mas, depois, de um modo geral, as temperaturas máximas poderão amenizar ligeiramente a partir de terça (4) ou quarta-feira (5).
Entre 34 ºC e 38 ºC no Alentejo, 30 ºC em grande parte do país
Apesar de estarem previstos valores de temperatura acima da média do mês de julho, sobretudo entre sábado (1) e segunda (3), com domingo 2 de julho a afigurar-se como o dia mais quente, este será um episódio de altas temperaturas normal, sem extremos significativos.
Entre sábado (1) e segunda (3), as máximas oscilarão entre os 34 ºC e os 38 ºC na região do Alentejo (distritos de Portalegre, Évora e Beja), ao passo que no resto do país se situarão, de um modo geral entre os 30 ºC e os 35 ºC, exceto no Litoral Norte e no distrito de Aveiro onde as temperaturas máximas se situarão abaixo do patamar dos 30 ºC (distritos de Viana do Castelo e Porto, em particular na sua metade mais ocidental e próxima ao oceano).
A partir de terça (4), e possivelmente nos dias seguintes, embora ainda exista bastante incerteza neste cenário de previsão meteorológica, tudo indica que possa ocorrer uma pequena descida da temperatura. Aliás, a tendência de diminuição térmica poderá manter-se em parte dos dias seguintes, abrangendo uma boa parte da próxima semana, pelo que, para já, uma situação de calor intenso ou extremo continua afastada.
Ainda assim, a próxima atualização dos modelos da nossa maior confiança (ECMWF) irá confirmar ou descartar este cenário, sempre tendo claro que até mesmo modelos de curto prazo estão sujeitos a alterações, sobretudo em alturas em que a atmosfera está tão dinâmica, como está a ser o caso deste verão até agora.
Sol e calor nos próximos dias, mas também risco de trovoadas e granizo
Apesar da previsão de trovoadas a curto e médio prazo ser particularmente complexa e bastante imprecisa, a situação sinótica atual mostra-se favorável ao desenvolvimento e ocorrência de trovoada e possível queda de granizo nalgumas regiões do país.
O aparecimento de um vale depressionário e uma energia convectiva disponível elevada, potenciada por um Atlântico e um Mediterrâneo com temperaturas à superfície muito mais elevadas que o normal, serão ingredientes provavelmente suficientes para que as trovoadas se desenvolvam. Serão isoladas e dispersas, mas possivelmente com um razoável ou elevado grau de intensidade. Tampouco é de descartar a queda de granizo.
Isto porque, com o decorrer dos dias, e à medida que o mês de julho for passando, é provável que esta situação meteorológica se mantenha com uma dinâmica semelhante. Ou seja, sem uma crista anticiclónica persistente, e com a presença de vales depressionários e depressões no Atlântico que provoquem, ora episódios de trovoadas, ora episódios de calor intenso.