Tempestade Martinho em Portugal: mapas da Meteored preveem mais de 150 mm de chuva nestas zonas até domingo, 23 de março

Após Laurence, as condições meteorológicas severas manter-se-ão em Portugal ao longo desta semana com a chegada da tempestade Martinho. Saiba as regiões potencialmente mais afetadas pela chuva.
A tempestade Laurence já praticamente deixou de afetar Portugal. A iminente chegada da nova depressão atlântica - Martinho - promete uma semana marcada por precipitação intensa, ventos fortes e instabilidade atmosférica. A influência desta depressão será sentida de norte a sul do território continental, com destaque para as regiões do Centro e Sul, onde se preveem valores acumulados de precipitação mais significativos. Além disso, os modelos meteorológicos indicam que, após Martinho, novas tempestades poderão surgir, prolongando o período severo.
Chuva forte e vento forte marcam a semana
Esta terça-feira (18) sobrarão aguaceiros pós-frontais associados à tempestade Laurence, especialmente nas regiões a sul do rio Mondego. A precipitação será particularmente abundante nos distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro, onde se acumulará entre 8 e 25 mm em apenas 24 horas.

A acumulação de chuva ao longo da semana pode ultrapassar os 100 mm em várias localidades do território continental, aumentando substancialmente o risco de cheias em algumas áreas do território nacional. O Tejo é uma das bacias hidrográficas mais vulneráveis, com previsões que indicam transbordamentos em áreas ribeirinhas. Outras áreas em risco incluem os rios Mondego e Douro, especialmente em áreas urbanas e agrícolas de maior vulnerabilidade.
Os modelos meteorológicos indicam, particularmente, uma situação em que a precipitação será persistente até o final da semana, afetando especialmente as regiões Norte e Centro, onde os valores acumulados serão mais elevados. No Sul, a instabilidade será igualmente significativa, embora a chuva possa ocorrer de forma mais intermitente.

Além da precipitação intensa, a tempestade Martinho estará na origem de ventos fortes, sobretudo no litoral Centro e Sul. As rajadas entre 70 e 120 km/h podem registar-se em várias localidades entre quarta-feira e quinta-feira (19 e 20 de março), levando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a emitir avisos amarelo e laranja para todo o território continental devido às rajadas de vento.
Tempestade Martinho já está a caminho
O estado do tempo em Portugal continental continuará húmido e instável devido à chegada da tempestade Martinho nesta quarta-feira, 19 de março, com o período de instabilidade a poder prolongar-se para lá de sexta-feira (21) - provavelmente até domingo, 23 de março.
Na quarta-feira, 20 de março, um novo sistema frontal atravessará o território nacional, trazendo mais precipitação e reforçando o risco de inundações. As regiões mais afetadas deverão ser o Centro e Sul do país, incluindo os distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal e Faro, onde se espera entre 45 e 55 mm de chuva em 24 horas.

Na quinta-feira, 21 de março, o cenário meteorológico continuará instável, com novas descargas de precipitação e ventos fortes, especialmente nas regiões do litoral ocidental e do interior Centro. Sobretudo a norte do rio Tejo e em particular no litoral esperam-se valores acumulados de precipitação elevados, situados entre os 90 e os 150 mm até domingo, dia 23 de março.
Temperaturas dentro do normal, mas com oscilações
As temperaturas na semana de 18 a 23 de março deverão manter-se dentro dos valores normais para esta época do ano, mas com algumas oscilações devido às massas de ar associadas às tempestades.
Nos primeiros dias da semana, as mínimas deverão situar-se entre 6 ºC e 8 ºC no interior Norte e Centro. As máximas oscilarão entre 15 e 18 ºC em grande parte do território, exceto na Serra da Estrela e em áreas de altitude, onde os valores poderão ser mais baixos.
A partir de quinta-feira, com a chegada da depressão Martinho, as temperaturas poderão subir ligeiramente no litoral, enquanto o interior Norte e Centro continuarão a registar valores mais baixos. A Madeira e os Açores terão temperaturas dentro da média.