Tempestade Herminia será mais severa do que Éowyn em Portugal: domingo e segunda com chuva forte e rajadas até 110 km/h
Nas próximas horas uma nova tempestade intensificará de forma explosiva no Atlântico. Chama-se Herminia e dará origem a um temporal de chuva e vento que afetará Portugal entre domingo e segunda-feira. Saiba a previsão completa!
Uma nova tempestade (ou depressão), denominada Herminia, está neste momento a desenvolver-se no Atlântico e, ao contrário de Éowyn, afetará Portugal continental de forma mais abrangente e forte. Esta baixa pressão sofrerá um processo de ciclogénese explosiva, esperando-se que a pressão no seu centro reduza mais de 30 hPa em 24 horas.
Sentir-se-á na nossa geografia no domingo (26) e na segunda-feira (27), com rajadas de vento muito fortes, precipitação persistente e agitação marítima. É provável que o centro de Herminia afete novamente a costa oeste da Irlanda, onde esta sexta-feira (24) Éowyn estabeleceu um novo recorde nacional de 183 km/h em Mace Head.
Depressão Herminia provocará rajadas de vento quase com força de furacão nalguns locais
No domingo (26) a força do vento de Sudoeste aumentará consideravelmente de norte a sul de Portugal continental, começando pelo Minho logo de manhã e estendendo-se ao resto do país nas horas seguintes. Ao longo da tarde e noite de domingo (26) preveem-se rajadas de vento progressivamente mais fortes nas zonas montanhosas e mais expostas das Regiões Norte e Centro, desde 75 até 100 km/h.
Para o próximo domingo (26) prevê-se que as rajadas de vento ultrapassem os 70 km/h nas seguintes capitais de distrito: Viana do Castelo (valor máximo previsto 90 km/h); Braga (v.m.p 75 km/h); Porto (v.m.p 80 km/h) e Vila Real (v.m.p 70 km/h).
Para além do vento, este domingo (26) a chuva será persistente, por vezes forte, no Noroeste (regiões situadas a oeste da Barreira de Condensação), com previsão de precipitação acumulada entre 35 e 100 mm em apenas 24 horas. Os distritos mais afetados serão Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro e os setores ocidentais de Vila Real e Viseu.
É muito provável que nas próximas horas o IPMA emita aviso amarelo, possivelmente até mesmo laranja, para os distritos situados no Noroeste de Portugal continental.
Nas restantes regiões situadas a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela preveem-se, de um modo geral, acumulações significativamente menores, entre 15 e 30 mm em 24 horas, ainda que nalguns locais possam ser ligeiramente superiores. Para as regiões situadas a sul do rio Tejo são esperadas acumulações de chuva bem mais modestas (5-10 mm em 24 horas), sendo que nestas zonas toda a água é muito bem-vinda para campos e barragens.
Eis as regiões mais expostas à chuva forte e persistente entre domingo e segunda-feira
Nas primeiras horas da madrugada de segunda-feira (27) uma frente fria associada à depressão Herminia começará a deslocar-se para leste, acompanhada por uma mudança do vento de Sudoeste para Oeste. O vento manter-se-á forte até ao final da manhã, aliviará temporariamente, e ao início da tarde voltará a ganhar intensidade, espalhando-se para outras regiões do Norte e Centro.
Assim, de um modo geral, segunda-feira (27) será um dia em que a geografia do Norte e Centro de Portugal continental estará muito exposta ao vendaval de Oes-Sudoeste. É provável que, durante o dia, as rajadas de vento ultrapassem os 80 km/h no litoral Norte e atinjam ou ultrapassem os 90 km/h nas terras altas do Norte e Centro.
Quanto à chuva espera-se que seja abundante na próxima segunda-feira (27) nas regiões situadas a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, isto é, quase todo o território respeitante ao Norte e ao Centro, com acumulações entre 25 e 70 mm em 24 horas. Espera-se que todos os distritos situados a oeste da Barreira de Condensação registem acumulações superiores a 50 mm em 24 horas, bem como alguns locais em redor da Serra da Estrela.
O sistema frontal perderá força à medida que se for deslocando de noroeste para sudeste e ao “tropeçar” nas várias cordilheiras de Portugal e Espanha, pelo que as zonas mais meridionais, como o Alentejo e o Algarve, não irão registar precipitação tão abundante. Mesmo assim, a quantidade de água que cairá nas referidas regiões será generosa dado que um rio atmosférico reforçará a precipitação gerada pela frente fria associada à depressão Herminia.