Precipitação e frio marcam o tempo em Portugal esta semana: saiba o que mostram os mapas da Meteored

Portugal Continental poderá sofrer os efeitos de uma gota fria durante esta semana, sendo esperado frio intenso, aguaceiros pontuais e possibilidade de queda de neve em áreas montanhosas. Saiba mais aqui!

Portugal Continental será influenciado nesta semana por uma depressão isolada nos níveis altos da atmosfera, conhecida como gota fria, que traz instabilidade e temperaturas bastante baixas, típicas do mês de dezembro.

Apesar de dezembro ser historicamente um mês húmido, este ano tem-se mostrado mais seco do que o habitual, e o cenário parece manter-se na maioria das regiões. Contudo, aguaceiros pontuais e até neve em áreas montanhosas podem ocorrer, enquanto o frio se faz sentir em todo o território.

Começo da semana com sol e frio e possibilidade de aguaceiros e neve a partir de quarta-feira

A semana começou com dias maioritariamente soalheiros, mas frios, sobretudo nas regiões do Norte e Centro do país, onde se registaram geadas matinais. O anticiclone posicionado no leste da Europa, combinado com a ação do anticiclone dos Açores que se deslocou para latitudes mais a norte, tem criado uma barreira que impede a entrada de sistemas de precipitação mais marcados. Este padrão meteorológico favoreceu a estabilidade atmosférica no início da semana, com sol predominante e ventos fracos a moderados de nordeste.

As temperaturas mínimas têm permanecido abaixo da média para esta época do ano, situando-se frequentemente perto ou abaixo de 0 °C em áreas do interior, especialmente nas mais abrigadas. Nas áreas urbanas, as mínimas rondaram os 2 °C e 5 °C, enquanto as máximas oscilaram entre 10 °C e 15 °C no litoral e Algarve.

A partir de quarta-feira, 11 de dezembro, a influência da depressão isolada começa a ser mais evidente. Está prevista a possibilidade de nebulosidade, sobretudo nas regiões do Norte e Centro Interior do país, onde não se descartam trovoadas localizadas. No entanto, a precipitação será, em geral, escassa e de carácter muito localizado.

Nebulosidade Portugal Continental
Nebulosidade aumenta ao longo da semana, denotando-se o aumento da nebulosidade a partir de quarta-feira, com especial incidência no Norte e Centro de Portugal Continental.

No litoral, as condições continuarão mais estáveis, com predomínio de céu pouco nublado e temperaturas ligeiramente mais elevadas. O vento de nordeste pode intensificar-se nas terras altas, com rajadas que podem atingir os 45 km/h.

Para o fim de semana espera-se maior instabilidade

A par da instabilidade pontual, o destaque desta semana vai para as baixas temperaturas, que têm descido progressivamente desde o início de dezembro. Entre terça-feira e quinta-feira, as mínimas podem descer até -2 °C em algumas localidades do interior Norte e Centro, enquanto no litoral deverão situar-se entre os 2 °C e 5 °C.

Durante o dia, as temperaturas máximas serão ligeiramente mais confortáveis, variando entre 8 °C e 14 °C em grande parte do país, mas sem ultrapassar os 10 °C nas áreas do interior Norte. Este cenário contrasta com o novembro mais quente já registado em Portugal e o início de dezembro, que também foi mais ameno do que o habitual.

Nesta quinta-feira, poderão esperar-se também aguaceiros na região Sul, prováveis com maior frequência nos distritos de Beja e Faro. De acordo com o modelo de referência da Meteored não se exclui a possibilidade de neve a partir dos 800 metros de altitude em pontos do Norte e Centro.

Entre sexta-feira, 13 de dezembro, e o fim de semana, prevê-se um ligeiro aumento da instabilidade atmosférica, com possibilidade de chuva fraca ou moderada em algumas regiões.

Precipitação acumulada Portugal Continental
Fim de semana poderá ser um pouco mais chuvoso em algumas regiões de Portugal Continental, destacando-se o Noroeste e o Alto Alentejo.

Os mapas do tempo indicam que a precipitação será mais provável no Norte e Centro do país, designadamente na região de Entre Douro e Minho. Refira-se que a quantidade de precipitação prevista no país é muito baixa para reverter o cenário de seca que afeta parte do território a sul do rio Tejo, especialmente no Alentejo e Algarve.