O tempo vai mudar: depressão atlântica trará chuva, vento e frio!
Após alguns dias de ambiente quase estival, uma profunda depressão atlântica irá abrir caminho a uma massa de ar polar. Do calor passaremos num ápice à instabilidade generalizada a partir do próximo fim de semana. O que vai acontecer? Confira a previsão!
De momento, a estabilidade meteorológica impera em Portugal continental, originando dias tranquilos, bastante soalheiros, apenas marcados por alguma nortada ocasional. Isto deve-se, em grande parte, à imposição de uma crista anticiclónica. Embora agora seja este o panorama, as tréguas da estabilidade terão curta duração. O maior destaque até dia 8, próximo sábado, prende-se com a progressiva subida das temperaturas máximas, especialmente no interior Centro e Sul, onde em algumas regiões se prevêem valores perto dos 30 ºC.
A coincidir com o fim de semana, uma depressão atingirá toda a Península Ibérica, originando precipitação e uma drástica e acentuada descida dos valores registados nos termómetros, de tal forma, que poderão surgir geadas a partir de então e ao longo dos dias seguintes. Isto será sobretudo percetível nas áreas montanhosas, (em especial no interior Norte e Centro –Trás-os-Montes e Alto Douro e também em partes do distrito da Guarda), obrigando-nos a resgatar os casacos de inverno do armário e, nos casos mais extremos, a recorrer aos sistemas de aquecimento da casa em pleno mês de maio. O vento forte que se fará sentir na mesma altura acentuará a sensação de frio.
Efeitos prováveis da depressão atlântica em Portugal continental
Ao mesmo tempo que dizemos adeus ao calor no sábado, a depressão que está a ser ‘cozinhada’ por estes dias no Atlântico Norte, agravará significativamente o estado do tempo em Portugal continental a partir de domingo. Tudo acontecerá num 'abrir e fechar de olhos'.
Com efeito, esta depressão, embora tenha o seu núcleo centrado no Atlântico Norte e por isso, bastante longe do nosso território, ‘largará’ uma frente muito ativa a si associada que provocará tempo adverso. Esperamos assim que a partir de domingo (9), a chuva se distribua por todas as regiões do nosso país.
Depois da passagem desta depressão, que sofrerá um processo de ciclogénese explosiva (queda rápida dos valores de pressão no núcleo da tempestade), a instabilidade passará tão rápido quanto chegou, abrindo passagem à mencionada descida das temperaturas, mais notória a partir de segunda e terça-feira da próxima semana.
Entretanto, ainda durante o fim de semana, se o centro da tempestade se aproximar o suficiente da Península Ibérica, algo que agora parece improvável – embora não deva ser descartado – receberia o nome de Mathieu. Além disto, outro elemento a ter em conta é o vento. A tempestade gerará um aumento da intensidade do vento que soprará forte de Sul, por vezes de Oeste, e com mais força em geral, durante o dia de domingo, sendo mais notório nos distritos do litoral Norte - Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.
E como será o arranque da próxima semana?
Na segunda-feira ainda ocorrerão alguns aguaceiros pós-frontais, um pouco por todo o território continental luso. Para além disso, sentiremos de forma notória o frio gerado pela chegada da massa de ar polar posterior à rápida passagem da perturbação frontal, bem como a presença moderada a forte do vento que nessa jornada já soprará de Noroeste. Ainda durante o dia de segunda, a queda de neve está prevista no ponto mais elevado de Portugal continental, como a Serra da Estrela, e em pontos do extremo Norte do país, como no Gerês.
Para terça-feira, prevê-se estabilização do tempo e mais oscilações térmicas, estimando-se subida das temperaturas máximas e descida das mínimas, o que se traduzirá numa enorme amplitude térmica diária e em acentuado arrefecimento noturno.