Fim de semana entre o calor abrasador e os pingos da chuva
As temperaturas vão continuar a subir ficando próximas aos 43 ºC na região do Alentejo. Mas, enquanto Portugal continental se debate com o calor e o risco acrescido de incêndios, a chuva atingirá em cheio os Açores. Confira a previsão!
Tal como fora anunciado, as temperaturas foram escalando de forma gradual ao longo desta semana. O calor está, nesta altura, a manifestar-se de forma mais intensa em Trás-os-Montes, na Beira Alta e Beira Baixa, Alentejo e Península de Setúbal onde já vigora o aviso amarelo por risco moderado de temperatura máxima extrema.
A exceção prende-se com o litoral do Norte e do Centro, regiões ainda com temperaturas amenas, apesar da ligeira subida térmica que se verificou. Em grande parte, as nortadas e o nevoeiro de advecção são os responsáveis pelo impedimento da subida das temperaturas nesta porção do território.
Calor tórrido entre sexta-feira e domingo
Hoje houve períodos nublados, principalmente durante a manhã, na faixa costeira a norte do Cabo Raso, com tendência para se dissiparem ao início da tarde, dando lugar ao céu limpo, um pouco à imagem do resto do país.
As temperaturas, em traços gerais, vão continuar a subir e poderão atingir entre 38/40 ºC em localidades do Baixo Alentejo e Vale do Guadiana. Os ventos à superfície soprarão desde direções variáveis, sendo mais intensos no Norte e em particular no litoral.
Sexta-feira só teremos períodos de céu parcialmente nublado nas regiões do litoral, sobretudo entre o Cabo Carvoeiro e o Porto. Em geral, em todo o país, predominará o céu limpo. A escalada das temperaturas vai continuar na grande maioria das regiões de Portugal continental. Nas capitais de distrito de Évora e Beja, o termómetro chegará aos 41 ºC, atingindo os 42/43 ºC em Mértola e Serpa.
No distrito de Portalegre, em localidades como Portalegre e Elvas, as máximas alcançarão 39 ºC e 41 ºC, respetivamente. Em Lisboa o termómetro escalará até aos 34 ºC e no Porto ficará pelos 25 ºC, sendo este último uma das regiões que escapará ao calor intenso.
O episódio de calor intenso prolonga-se pelo fim de semana
Para sábado prevê-se períodos nublados numa vasta extensão do país, sobretudo no litoral Norte e Centro, e por vezes, na Beira Interior e no Alentejo e Península de Setúbal. Ainda assim, o sol irá espreitar por entre as nuvens, especialmente durante a tarde. As temperaturas vão atingir o apogeu entre sábado e domingo, prevendo-se cerca de 44/45 ºC em localidades do Baixo Alentejo ou Sotavento Algarvio.
Quanto ao arquipélago da Madeira, estima-se uma subida das temperaturas devido à chegada da massa de ar quente e seco do Norte de África. Segundo o nosso modelo de confiança (ECMWF), o tempo quente será percetível em toda a ilha, embora com particular incidência na vertente Sul, no Funchal e na Ribeira Brava, registando-se ali temperatura máximas de até 29 ºC. Aí o vento soprará moderado com rajadas de Nordeste na ordem dos 40 km/h.
Domingo vai amanhecer com nuvens baixas que terão tendência para se dissipar no litoral a norte de Peniche. Alguns períodos nublados poderão ocasionalmente surgir no início da tarde na Beira Baixa e no Alto Alentejo. As temperaturas vão baixar ligeiramente, contudo, permanecerão elevadas o suficiente para se manter o risco máximo de incêndio florestal, agravado pelo ambiente seco e pelo reduzido teor de humidade na atmosfera.
Açores sob a ‘investida’ da chuva
Contrariamente ao continente e à Madeira, que estarão sob a égide do calor abrasador até à próxima segunda-feira (16), os Grupos Ocidental e Central (Açores), numa primeira fase, e os Grupos Central e Oriental numa segunda, serão regados pelo ímpeto de uma superfície frontal que deixará períodos de chuva fraca a moderada um pouco por todas as ilhas Açorianas. O vento acompanhará a precipitação, soprando forte do quadrante sul na generalidade dos territórios insulares.
O dia mais gravoso será já esta sexta-feira (13), tendo já sido decretado aviso amarelo. As ilhas do Faial, Pico, São Jorge e Terceira serão as que irão registar maior quantidade de precipitação. Desse lado, máxima cautela, quer esteja sob a influência do calor abrasador ou sob os pingos da chuva.