Fim de semana de “calma" antes da chegada abrupta da tempestade

Após um início de setembro frenético, especialmente nos primeiros dois dias, a situação estabilizou imenso nos últimos dias, embora com algumas trovoadas e aguaceiros de carácter disperso, que caíram com alguma intensidade. No entanto, tudo indica que nos próximos dias vamos voltar a receber um ambiente variável em praticamente toda a nossa geografia.

Calor e “calma", antes da abrupta chegada da tempestade

Esta tarde ainda estão previstos alguns chuviscos débeis e dispersos distribuídos pela faixa costeira ocidental, e ocasionalmente em pontos do interior Norte, que poderão prolongar-se até às 21h. As temperaturas máximas chegarão aos 30 ºC no Baixo Alentejo, não passando dos 24 ºC na região Norte. Em Lisboa, o termómetro rondará os 26 ºC.

Durante parte da manhã e início da tarde, prevê-se chuva fraca, de novo para toda a faixa do litoral, desde Viana do Castelo, passando por Porto, Aveiro, Coimbra e prolongando-se até ao Cabo Raso. Por vezes poderá cair em pontos do interior, como Viseu, Vila Real ou Santarém, embora de maneira mais dispersa. O vento soprará moderado a forte de Noroeste, com rajadas até aos 40 km/h. As temperaturas vão oscilar pouco, apesar de se notar uma suave diminuição no interior das Regiões Norte e Centro.

Este fim de semana o panorama vai mudar ligeiramente. Na primeira metade de sábado, estima-se períodos de céu muito nublado, sobretudo a norte do Rio Tejo. A sul deste curso de água prevê-se céu povoado por nuvens altas, com algumas abertas. O estado do tempo terá tendência, portanto, para sofrer uma estabilização, embora temporária. O vento soprará tendencialmente fraco de Oeste ou Noroeste, e em ocasiões, de Sudoeste ou Nordeste, em especial nas terras altas do Norte. Quanto às temperaturas, deverão sofrer uma suave subida em quase todo o país, especialmente as máximas.

No domingo não se prevê grandes alterações. Ainda assim, na Região Norte e Centro o céu registará pouca nebulosidade, sendo que em alguns pontos, de Santarém para Sul, as nuvens poderão ficar mais densas, ameaçando a precipitação. Nesse dia, para além da nebulosidade, já como prenúncio da tempestade atlântica que inaugurará a próxima semana e que nos atingirá em cheio, o fluxo de vento girará para Sul, começando a dar os primeiros sinais de instabilidade e lançando rajadas de até 50 km/h. Os primeiros passos para a mudança abrupta do tempo estarão concluídos.

Larry no Atlântico a alimentar a chegada de uma depressão isolada até à Península Ibérica

Entre sexta-feira e sábado, a rápida ascensão em latitude do Larry, que vai sofrer um forte processo de extratropicalização, fará com que a crista atlântica basculhe em direção a leste, favorecendo uma significativa ondulação da corrente de jato. Por sua vez, empurrará para o sudeste um sistema de baixas pressões que acabará por posicionar-se entre os Açores e a Península Ibérica no domingo.

Segundo o nosso modelo de referência, o HRES-IFS do ECMWF, este sistema de baixas pressões (depressão) será reabsorvido pela circulação de oeste depois de penetrar em território ibérico no arranque da próxima semana, pelo que é inevitável que voltemos a falar de trovoadas e chuvas fortes localizadas.