Fim de semana com subida das temperaturas, à espera de nova tempestade
Após a passagem da depressão isolada em altitude que originou trovoada, aguaceiros, nalguns casos de granizo, o que podemos esperar para o fim de semana? Ficará o tempo mais tranquilo ou voltaremos a experimentar mais do mesmo? Contamos-lhe mais aqui!
No decurso dos primeiros três dias da semana, o estado do tempo em Portugal continental alterou-se abruptamente. Se nos primeiros dois, o tempo esteve relativamente quente e registou aguaceiros fracos e dispersos apenas pela tarde de terça-feira (31) em partes do interior do país, foi na quarta-feira que a instabilidade atmosférica entrou de rompante no nosso país, coincidindo precisamente com o primeiro dia do outono meteorológico.
A responsável pelas condições meteorológicas adversas na geografia lusa foi uma depressão isolada em altitude vinda do Atlântico (que se descolou da corrente de jato). Foi responsável pelas fabulosas e assustadoras imagens que aqui podemos ver, em geral sob a forma de trovoadas, algumas muito fortes, acompanhadas de aguaceiros (alguns deles de granizo) e que afetaram, em geral, a quase totalidade das regiões Norte e Centro do país.
Hoje e amanhã, períodos de transição rumo à estabilidade meteorológica
Hoje à tarde a instabilidade atmosférica persistirá em vários locais do interior Norte e Centro de Portugal continental, tendo já sido emitidos avisos meteorológicos para esse efeito. São esperados aguaceiros, que podem ser de granizo, para além do risco de trovoada dispersa nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Alta e Beira Baixa e em pontos da Beira Litoral. É pouco provável que surjam a sul do Rio Tejo. As temperaturas registaram, em geral, uma pequena descida dos valores máximos.
Na Madeira o céu estará parcialmente nublado, com precipitação fraca no flanco ocidental da ilha. Quanto aos Açores, tiveram uma madrugada de períodos de chuva forte, com trovoada, sobretudo nos Grupos Central e Oriental. O vento soprou e continuará a soprar moderado a forte do quadrante, com rajadas máximas de 60 km/h. Entretanto, a chuva deverá começar a abrandar ao final da tarde de hoje.
Amanhã o tempo registará uma melhoria considerável em todo o país, dado que a depressão já se terá dissipado praticamente na sua totalidade. No entanto, persiste o risco (ainda que baixo) de precipitação fraca para a região do Minho. No resto do país o panorama predominante será, portanto, de muita nebulosidade matinal, passando gradualmente a períodos de céu nublado e eventualmente algumas abertas. As temperaturas vão subir nas regiões do interior. O vento será fraco, em geral, soprando de Oeste no litoral e de Noroeste no interior. Por vezes será moderado durante a tarde.
Tempo mais estável e quente este fim de semana
Ao longo deste fim de semana será mais óbvia a tendência para a estabilidade atmosférica de lés a lés de Portugal continental. Períodos nublados numa grande parte do país, exceto na extensão territorial a sul do Tejo onde predominará o céu limpo. As temperaturas vão continuar a subir na maioria das regiões. O vento soprará fraco de Oeste, sendo por vezes moderado à tarde.
Nos Açores as nortadas vão impor-se com força, acompanhando a precipitação fraca prevista para grande parte do dia, sobretudo no Grupo Central. Na Madeira persistirá o fluxo de sul, com períodos de sol, intercalados com algumas nuvens.
Domingo (5) será um dia calmo do ponto de vista atmosférico. O vento será de Sul no interior do país, soprando de Noroeste/Oeste no litoral. São esperados períodos de céu nublado em praticamente todo o país, com possíveis abertas pelo meio. Os termómetros vão registar nova subida das temperaturas, de uma maneira geral. Nas capitais distritais, prevê-se máxima de 27 ºC para o Porto, de 30 ºC para Coimbra, de 26 ºC para Lisboa e Faro e de 34 ºC para Castelo Branco. Nos Açores continuará o fluxo de Norte e alguma chuva. Na Madeira antecipam-se alguns chuviscos.
A partir de segunda-feira (6), augura-se uma nova fase de instabilidade atmosférica, com a possível chegada de uma depressão fria isolada. Não é uma certeza total para já, mas os modelos apontam para que esse cenário seja cada vez mais provável, o que resultaria numa nova vaga de aguaceiros e trovoadas.