Mais tempestades a caminho de Portugal: que efeitos podem deixar?
Depois de a previsão para o fim de semana indicar uma rápida deterioração das condições do estado do tempo, as previsões para a próxima semana não são muito animadoras. Ainda não é desta que o Sol volta a brilhar, com mais intensidade. Fique a saber todos os detalhes connosco!
O território continental de Portugal vai sentir durante a maior parte do fim de semana condições atmosféricas condizentes com a atual estação do ano, o inverno. No entanto, a previsão para a próxima semana indica a continuidade desse cenário, com o aparecimento de episódios regulares de precipitação e ventos fortes, associados a um conjunto de centros de baixas pressões atmosféricas e à passagem de várias superfícies frontais.
A partir do próximo domingo, e especialmente nos dias seguintes, o estado do tempo será marcado pela passagem de duas possíveis tempestades, que se forem nomeadas, serão a Karim e a Lola, respetivamente. A estas depressões, os institutos meteorológicos de alguns países europeus atribuem nomes quando correspondem a uma série de critérios relacionados com a intensidade e a velocidade do vento, bem como a área que será potencialmente afetada.
A possível tempestade Karim, far-se-á sentir a partir da tarde de domingo, de forma progressiva, com especial incidência na segunda-feira. É expectável que deixe elevados quantitativos de precipitação nas regiões do Oeste da península Ibérica, bem como nas áreas mais próximas do Oceano Atlântico. São esperados ainda ventos fortes, nas vertentes mais expostas a Oeste e nos pontos de maior altitude.
Já na terça-feira, o território de Portugal continental vai ser afetado por outra depressão, que a ser nomeada se designará Lola. Será, em princípio, ainda mais intensa que a anterior. Deslocar-se-á na mesma direção, atravessando os mesmos territórios da depressão antecessora, sendo que as precipitações e os ventos fortes também estão na ementa. Prevê-se que a Lola se faça acompanhar ainda de queda de neve, a cotas que podem variar entre os 1800 metros de altitude e os 1000 metros ou até menos.
As áreas mais afetadas e as consequências
Estas depressões, que atualmente se localizam sobre o Oceano Atlântico, deslocam-se de grosso modo na direção Oeste – Este, devido à direção do vento dominante a esta latitude (Oeste). A sua origem é subpolar, daí verificar-se uma descida das temperaturas.
Os efeitos destes eventos serão muito semelhantes aos que se verificaram durante o passado mês de janeiro: chuva, vento forte e neve devido à descida acentuada das temperaturas máximas e mínimas.
É de salientar que face à intensidade das chuvas previstas, tanto para o fim-de-semana como para o início da próxima semana, é expectável que os solos fiquem rapidamente saturados, podendo resultar em inundações. Estas inundações podem acontecer tanto em espaço rural como em espaço urbano, representando perigo para a população nas áreas mais próximas dos cursos de água.
A partir da próxima quarta-feira, esta sequência de depressões barométricas poderá ser interrompida por um anticiclone (centro de altas pressões) que “empurrará” as condições meteorológicas adversas para Norte. Estão previstos aguaceiros durante a restante semana, se bem que com menos intensidade e menos frequência.