Depressão Lola a caminho dos Açores com ventos com força de furacão!
A depressão Lola, uma tempestade atlântica de grandes dimensões, está a caminho dos Açores. Deixará rajadas máximas de 130 km/h, e um temporal de chuva, vento e forte agitação marítima. Chegará a Portugal continental? Saiba mais aqui!
Ontem, no continente, já começamos a notar uma mudança no panorama meteorológico, com a nebulosidade a adensar-se e aguaceiros a surgirem com maior frequência, embora irregularmente repartidos pela nossa geografia. Hoje a atmosfera demonstra instabilidade desde o início da manhã, sobretudo na faixa do litoral e em particular no noroeste do território português.
Pela tarde desta quarta-feira, uma frente atlântica continuará a invadir Portugal continental, varrendo o nosso país, de oeste para este, com precipitação em todo o país. A chuva será mais provável na faixa costeira, surgindo em menor quantidade no interior do país e na região Sul.
Entretanto, na quinta-feira, esta mesma frente já praticamente se terá dissipado, surgindo apenas chuviscos fracos durante a manhã na região Norte, e até ao início da tarde no interior da região Centro.
Ao mesmo tempo, a depressão Lola, neste momento já formada no oeste do Atlântico e prestes a atingir a Região Autónoma dos Açores, começará a aproximar-se da vertente atlântica portuguesa, com tendência a intensificar-se. Na sexta-feira vamos notar a primeira frente de instabilidade associada a esta depressão. Em todo o país, as temperaturas vão registar uma subida, prevendo-se 21 ºC em capitais de distrito como Évora e Beja.
Tempestade “Lola” prestes a atingir os Açores!
O arquipélago dos Açores já está a sentir hoje os primeiros efeitos da chegada da depressão Lola, formada no lado oeste da bacia do Atlântico. O vento forte de Sul ou Sudoeste sopra de forma sustentada entre os 45 e os 65 km/h, esperando-se rajadas máximas de 90 km/h à noite, por exemplo nas ilhas das Flores, do Pico e do Faial.
Quinta-feira será, sem dúvida alguma, o dia mais crítico da passagem desta tempestade nos Açores. Prevê-se que “Lola” gere um aumento considerável da intensidade do vento, que soprará de Noroeste com rajadas máximas entre 120 e 130 km/h nos Grupos Ocidental e Central e até 100 km/ no Grupo Oriental.
O Aviso Amarelo está oficialmente decretado por risco moderado de precipitação, vento e mar agitado em todos os Grupos, com o Aviso Laranja também em vigor para o vento nos Grupos Ocidental e Central. Estima-se também possíveis estragos causados pelo vento em edifícios e infraestruturas. Enfim, nenhuma ilha escapará a esta intempérie, especialmente do vento que assumirá o protagonismo da severidade meteorológica.
Estima-se também forte agitação marítima, com ondas de 6 a 7 metros de altura, a surgirem por todos os Grupos de ilhas. O tempo adverso será caracterizado por períodos de chuva fracos a moderados, e em ocasiões acompanhados de trovoada, não se descartando um potencial risco de inundações. Entretanto, na quinta e na sexta-feira, a chuva terá tendência a surgir com menos intensidade.
Na sexta-feira começará gradualmente a perder intensidade à medida que a tempestade percorra o oceano Atlântico em direção ao continente.
A tempestade Lola ‘rebentará’ a partir de sexta-feira no continente
Na sexta-feira a referida depressão Lola permanecerá estacionária na costa portuguesa. Uma frente associada a esta tempestade no período matinal irá deslocando-se desde o Minho e Douro Litoral para este, e ao mesmo tempo deixando chuva em menores quantidades também em pontos do Centro, da Região de Lisboa e Setúbal e litoral alentejano.
Entretanto, à tarde, a chuva será generalizada em todo o país, caindo com maior abundância a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. As temperaturas diurnas vão subir em grande parte do país, sendo de forma acentuada na região Norte, onde em capitais de distrito como Porto e Aveiro se registarão 21 ºC e 22 ºC de máxima, respetivamente. Em Lisboa poderão ser alcançados os 20 ºC.
No sábado e no domingo é muito provável que a tempestade atinja em cheio todo o país, e inclusive a Madeira, onde deixará pequenos aguaceiros. No continente, há risco de aguaceiros e trovoadas, intercalados com períodos de chuva fraca a moderada. A chuva será menos abundante nos Açores, embora prováveis nos Grupos Central e Oriental.