Depressão Hortense vai afetar Portugal continental
A noite de ontem e consequente madrugada foram de chuva, em alguns locais de Portugal Continental, devido à passagem da depressão Gaetan. Entre hoje e sexta-feira, a depressão Hortense deverá também passar pelo nosso país originando chuva no litoral Norte e Centro. Saiba mais aqui!
Como já avançamos, a depressão Gaetan atravessou o território continental durante a madrugada da passada quarta-feira, 20 de janeiro, onde se registaram rajadas de vento forte, principalmente na região Centro, e onde se atingiram valores da ordem dos 90 aos 100 km/h.
A ocorrência de precipitação foi, por vezes, forte no litoral Norte e Centro e na região Sul, salientando-se, entre as 2h e as 4h horas locais, os valores de 41 mm, em Setúbal, e 26.8 mm, em Pegões.
Segundo os mapas de previsão do ECMWF, a razão por detrás destes temporais que se sucedem uns atrás dos outros, prende-se com uma corrente perturbada de oeste e com massas de ar húmido, subtropical e instável, que integram os tais rios atmosféricos responsáveis pela precipitação e que percorreram cerca de 9000 km até chegar à nossa latitude.
Depressão Hortense
Ontem, quarta-feira 20 de janeiro de 2021, foi nomeada pelo serviço meteorológico de Espanha, AEMET, a depressão Hortense, que no momento em que foi nomeada se situava a 500 km a noroeste da Corunha, estando em aproximação da costa Norte da Galiza, na madrugada de dia 22.
A depressão Hortense será a segunda de duas depressões que atingirão o Golfo da Biscaia esta quinta-feira, dia 21. Ainda nos dias 21 e 22, os sistemas frontais associados a estas duas depressões irão continuar a originar precipitação forte em Portugal Continental, em especial no litoral Norte e Centro.
De acordo com o IPMA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a maior diferença entre esta depressão e a depressão Gaetan tem a ver com o aumento da agitação marítima no litoral, a norte do Cabo Raso, onde a partir da madrugada de dia 22, sexta-feira, as ondas serão de 5 a 6 m de noroeste, podendo atingir entre 10 a 12 metros de altura máxima. Prevê-se que as ondas diminuam para 4 a 5 metros ainda no final do dia 22.
Ao longo dos próximos dias serão emitidos outros avisos, pelo IPMA, de forma a ser possível acompanhar o estado desta tempestade, que se formou na costa oeste dos Estados Unidos da América, tendo percorrido cerca de 9000 km até chegar à Península Ibérica.