Chuva, vento e temporal marítimo nos próximos dias: o que vem a seguir?
Esta semana o ambiente em Portugal estará variável, algo que na verdade é bastante típico do outono. Após a frente atlântica que despejará chuva de norte a sul do nosso país, como ficará o estado do tempo? Consulte a previsão!
Prevê-se que esta semana apresente um estado do tempo variável em Portugal continental, realidade característica da estação do ano em que estamos: primeiro chegará a chuva proveniente de uma frente atlântica, depois haverá uma curta fase de transição mais fria e quase sem chuva, e, nos últimos dias da semana, parece que as altas pressões se irão consolidar sobre a Europa.
Vai chover até quarta-feira, o que virá depois?
Antes de tudo, um dos aspetos mais relevantes para a primeira metade da semana no nosso país: o temporal marítimo que já desencadeou avisos amarelos oficialmente (nalguns locais desde ontem) e que estarão em vigor entre esta segunda-feira (7) e quarta (9), para grande parte da faixa costeira ocidental. O aviso meteorológico por risco moderado de agitação marítima (ondas de noroeste com 4 a 5 metros) aplica-se aos seguintes distritos com litoral: Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa.
Em grande parte do país já se impôs a circulação de ventos do Sudoeste, que soprarão com maior intensidade a norte do Mondego. As rajadas mais fortes poderão atingir a velocidade máxima de 70 km/h, entre hoje e terça-feira (8), tanto na fachada atlântica, como nas terras altas. Na quarta-feira (9), após a passagem da frente atlântica, mas ainda com alguma instabilidade residual, o fluxo passará tendencialmente a soprar de Oeste ou Noroeste, arrastando consigo ar mais frio.
Esta segunda-feira (7) a precipitação foi fraca, mas alcançou grande parte do país, exceto o Baixo Alentejo e o Algarve. Assumiu um carácter pontualmente moderado no Minho, Douro Litoral, Região de Aveiro e Viseu Dão-Lafões, sendo suave e irregular no resto do país. A partir de terça (8), o fluxo temperado e muito húmido de Oeste e Sudoeste irá acentuar-se de norte a sul de Portugal continental, com a chuva a ser particularmente abundante e persistente na Região Norte (NUTS II), bem como nalguns pontos da Região Centro.
Na terça (8) a frente atlântica despejará precipitação no país inteiro ao atravessá-lo numa orientação noroeste-sudeste. Cairá água até mesmo nas regiões historicamente mais secas como o Alentejo e o Algarve, onde se prevê acumulações, em vários locais, superiores a 20 mm (total de 72 horas). Mais um importante passo será dado para a mitigação da seca, ainda que claramente insuficiente.
Tempo seco e fluxo de leste, até quando?
Na quarta-feira (9) vão subsistir aguaceiros fracos, meros resquícios derivados da frente, e apenas durante as primeiras horas da madrugada, ainda que nalguns locais do Norte possam precipitar até quase ao meio-dia. O fluxo de vento mudará, passando a soprar fraco do quadrante Oeste, por vezes de Noroeste. A temperatura baixará temporariamente por causa da passagem efémera do ar fresco posterior à passagem da frente. No resto do dia o céu estará nublado, mas com espaço para abertas.
Entre quinta-feira (10) e sábado (12) antecipa-se uma circulação atmosférica com fluxo de Leste, que se deverá traduzir num ambiente estável e predominantemente soalheiro, mas por vezes com períodos de maior nebulosidade (sobretudo na quinta (10)). O vento soprará fraco, pontualmente moderado, de Nordeste ou Este, por vezes de Sudeste. Outro aspeto que se irá realçar de forma notória, reforçando o cenário tipicamente outonal e de grande variabilidade meteorológica, será o de uma amplitude térmica diária notável.
Por um lado, as manhãs e as noites serão muito frias (acentuado arrefecimento noturno), e por outro, as horas centrais diurnas de sol e ambiente ameno trarão temperatura máxima igual ou superior a 20 ºC a boa parte de Portugal, em cidades como Porto, Lisboa, Faro e Coimbra. Nestas cidades a mínima raramente ficará abaixo dos 10 ºC (apenas no Porto na quinta-feira (10)), sendo que nos restantes dois dias prevê-se valores superiores a esse limite. Por contraste, nas cidades de Bragança e da Guarda, a mínima poderá baixar até a uns gélidos 3 ºC, sendo que a máxima variará entre 14 ºC e 16 ºC.
Quanto a domingo (13), espera-se que ocorra uma ligeira mudança no estado do tempo em Portugal, com possibilidade de “uma nova leva” de aguaceiros no Noroeste do país. Situação a acompanhar, dado que esta nova perturbação atmosférica poderia expandir-se para mais regiões do país. No entanto, grande parte desta semana ficará, essencialmente, marcada pelas altas pressões que abrangerão grande parte da Europa.