Chuva e mais chuva: quando vamos sair desta espiral de instabilidade?

Após um fim de semana marcado pelo abrandamento da instabilidade, os próximos dias serão caracterizados pelas frentes atlânticas e o vento oeste que deixará mais chuva, de norte a sul do país. Até quando? Confira a previsão aqui!

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A chuva vai cair de norte a sul do país, com potencial de gerar inundações nalgumas localidades.

O tempo adverso está de regresso esta semana. Linhas de instabilidade com origem no oceano Atlântico dirigem-se, uma após outra, para Portugal continental, acompanhadas por uma frente fria. Isto porque continua em ação o desfile de tempestades no Atlântico Norte, enquanto o anticiclone dos Açores permanece isolado mais a sul, dando origem ao predomínio do vento oeste e/ou sul.

Frentes atrás de frentes, até ao regresso do anticiclone?

Com base no nosso modelo de maior confiança, o HRES-IFS do ECMWF, durante os próximos dias seremos atingidos por um carrossel de frentes atlânticas, com precipitação de norte a sul do país. Nalgumas áreas do Minho, poderão cair cerca de 71 mm pelo menos até quinta-feira, sendo que também no Douro Litoral e na Beira Litoral, os acumulados de chuva deverão superar os 50 mm.

Existe risco enorme de inundações ao longo destas próximas 48 horas (...) também o vento será perigoso porque exibe um potencial enorme de causar danos devido à sua intensidade.

A chuva também cairá de forma generosa na Beira Interior, em Lisboa e Vale do Tejo, no Alentejo e no Algarve, embora em menor quantidade quanto mais para sul avançarem as baixas pressões. O arquipélago dos Açores também somará uma quantidade interessante de chuva. Já o arquipélago da Madeira, ficará um pouco à margem do tempo instável, sendo alvo de alguns chuviscos ao longo da semana.

Entretanto, estão em vigor avisos amarelos emitidos pelo IPMA devido à precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve nas cotas mais elevadas. Parece que a chuva forte, o vento intenso de oeste ou sudoeste e a instabilidade em geral, vão ter uma maior preponderância durante esta segunda, terça e quarta-feira. Existe risco de inundações ao longo destas próximas 48 horas devido à precipitação excessiva, sobretudo em áreas planas, mais expostas e por isso, mais vulneráveis. Não se descarta a ocorrência de trovoada, acompanhada por granizo.

Também o vento constituirá perigo porque exibe um potencial enorme de causar danos, devido à sua intensidade que deverá aumentar dia após dia, entre hoje e quarta-feira. Nesse dia, as rajadas máximas poderão superar os 100 km/h no distrito de Viana do Castelo. Noutros pontos do território teremos rajadas entre os 60 e os 80 km/h. O dia 16 de dezembro será o mais crítico da semana, no que toca ao tempo adverso.

A descida abrupta das temperaturas acompanhará o vento intenso e a precipitação de lés a lés do território continental. As mínimas baixarão até perto dos 0 ºC em Trás-os-Montes e Alto Douro, com o termómetro abaixo dos 5 ºC ( temperaturas noturnas) em muitas localidades da região Norte e em algumas da região Centro.

Tempo adverso dá tréguas na quinta-feira, regressando no dia seguinte

Na quinta-feira, os mapas mostram uma estabilização do estado do tempo, com o afastamento progressivo das frentes. No entanto, persistirá o frio e o céu em geral nublado. Para sexta-feira, prevê-se que o vento do quadrante sul retorne, trazendo de novo mais chuva e instabilidade meteorológica à nossa geografia.

Ao entrarmos no fim de semana, o anticiclone dos Açores deverá reforçar-se, impedindo a entrada de rompante de mais frentes atlânticas. Ainda assim, devido à ondulação do jato polar, tudo pode acontecer, permanecendo alguma incerteza para o tempo no fim de semana.