Chuva regressa a Portugal: mapas da Meteored revelam que estas serão as regiões mais afetadas nos próximos dias

Depois de um início de semana com temperaturas elevadas para a época, o tempo muda radicalmente em Portugal. Entre terça-feira e domingo, o país será afetado por vários episódios de chuva, vento e redução da temperatura.
Após um início de semana soalheiro e anormalmente quente, Portugal Continental e os arquipélagos vão estar, entre 1 e 6 de abril, sob a influência de um período de instabilidade marcado pela passagem de várias frentes atlânticas. O cenário meteorológico será dominado por chuva frequente, vento forte, descida generalizada das temperaturas e possibilidade de formação de uma depressão com nome próprio – eventualmente "Nuria" –, sobretudo entre quinta e sexta-feira.
Semana instável com chuva e vento a partir desta terça-feira
Esta terça-feira, 1 de abril, assinala o início da mudança. No Continente, o dia começou com céu pouco nublado em várias regiões, mas a nebulosidade aumentará ao longo da tarde, principalmente a Sul, onde são esperados aguaceiros e trovoadas localizadas. Estas poderão estender-se a algumas áreas do Centro do país. A probabilidade de precipitação a sul do país ultrapassa os 80%.

As temperaturas máximas caem entre 3 e 5 ºC em relação à véspera, enquanto as mínimas poderão subir ligeiramente a Sul devido à cobertura de nuvens. O vento sopra geralmente do quadrante Sul, com intensidade fraca a moderada.
Nos Açores, a mudança será mais brusca. A entrada de uma massa de ar frio provoca aguaceiros. Na Madeira, prevê-se um dia de transição, com aguaceiros fracos e vento moderado, que aumentará de intensidade ao final da tarde. A temperatura mantém-se estável durante o dia, mas deverá descer acentuadamente à noite.
Quarta-feira poderá marcar uma viragem mais acentuada
Quarta-feira, 2 de abril, será marcada pela chegada de uma frente atlântica com precipitação generalizada em Portugal Continental. A chuva deverá progredir de Sul para Norte, com episódios moderados a localmente fortes, acompanhados de vento mais intenso. As temperaturas continuam a descer ligeiramente.
Nos Açores, o tempo continua instável, com vento forte e aguaceiros, enquanto na Madeira são esperados aguaceiros, vento e possibilidade de queda de neve nos pontos mais elevados da ilha.
Na quinta-feira, 3 de abril, o cenário será de acalmia relativa, mas com instabilidade persistente.
Na Madeira, a previsão aponta para chuva forte, vento moderadamente forte e mar bastante agitado poderão afetar a ilha, especialmente durante o dia 4. Existe alguma probabilidade de esta depressão vir a ser nomeada, o que só acontecerá se os critérios de intensidade forem cumpridos.

Sexta-feira, 4 de abril, poderá ser um dia marcado por vento forte no litoral do Continente. A depressão prevista para o Atlântico poderá provocar chuva persistente e agitação marítima significativa. Até ao final do dia esperam-se mais de 50 mm em várias áreas territoriais. Embora os valores estejam dentro do habitual para a época, o risco de impacto deverá ser monitorizado com atenção.
Fim de semana com tempo variável e possíveis abertas
O fim de semana de 5 e 6 de abril traz uma pausa parcial na instabilidade, embora com condições variáveis. No sábado, prevê-se chuva durante a madrugada, mas a tendência é para melhoria ao longo do dia. No domingo, o tempo deverá manter-se seco nas primeiras horas, com possibilidade de nova frente a entrar a partir da tarde, sobretudo a Norte.
As previsões para a segunda semana de abril apontam para a continuidade da instabilidade, com vários modelos a sugerirem episódios de precipitação intensa, que poderão conduzir a cheias em algumas regiões. A Oscilação do Atlântico Norte (NAO-) está de regresso, favorecendo a migração do anticiclone para latitudes mais altas e abrindo espaço para a chegada de depressões sucessivas.
É ainda cedo para garantir com exatidão o comportamento atmosférico nos dias seguintes, mas os dados atuais indicam que abril poderá arrancar com elevada atividade ciclónica, precipitação acima da média e episódios de vento e agitação marítima relevantes – uma realidade que poderá ter implicações na segurança, no setor agrícola e na mobilidade em várias regiões do país.