Chuva intensa e vento forte: saiba que regiões de Portugal serão mais afetadas pela frente fria

Esta quarta-feira haverá regiões de Portugal continental que ficarão expostas aos ventos do quadrante Sul e a alguma instabilidade associada. Depois, já na quinta-feira, prevê-se chuva abundante. Saiba que regiões do país serão mais atingidas pela frente fria.

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Vem aí uma frente fria. Saiba que regiões de Portugal continental serão mais atingidas pela chuva intensa e pelo vento forte.

Esta terça (19) apresentou-se, em geral, com céu pouco nublado ou limpo em Portugal continental. Ainda assim, em pontos do interior esteve temporariamente mais nublado durante a tarde, tendo ocorrido chuviscos em áreas mais montanhosas. O vento soprou fraco de Noroeste de um modo geral e os termómetros registaram 26 ºC de temperatura máxima em Évora e mínima de 9 ºC na Guarda.

Os Açores registaram céu nublado e períodos de chuva fraca, por vezes com abertas, ao passo que na Madeira predominou um ambiente tendencialmente marcado pelo céu parcialmente nublado - mas com boas abertas, sendo que nalguns locais chuviscou.

Quarta-feira, dia 20: primeiros sinais de instabilidade chegarão pelo Minho

Na quarta-feira (20) o estado do tempo já irá apresentar características completamente distintas em relação ao dia de hoje (19). A nebulosidade incrementará substancialmente na nossa geografia como resultado da aproximação vertiginosa realizada pela frente fria em pleno Atlântico Norte (depressão e respetivo núcleo estarão situados a norte das Ilhas Britânicas - Irlanda e Reino Unido), pelo que se prevê céu nublado em grande parte da extensão territorial de Portugal continental.

Além disto, ocorrerá uma ligeira descida - praticamente generalizada - das temperaturas máximas, sendo que as mínimas praticamente não deverão registar oscilações. Como se isto não bastasse, já em sinal de antecipação da frente fria que entrará de rompante a partir de quinta (21), o vento mudará de direção passando a soprar do quadrante Sul nalgumas regiões do país, como o Minho (Viana do Castelo e Braga) e o Douro Litoral.

Na sequência desta alteração do fluxo (vento Sul/Sudoeste), as primeiras linhas de instabilidade que se irão manifestar em território de Portugal continental entrarão pelo Minho adentro desde o meio da manhã, esperando-se que chova de maneira fraca e algo intermitente em toda esta região nas horas seguintes, em particular nas áreas montanhosas do Alto Minho, onde a retenção de nuvens e chuva será maior devido à orografia.

Além disto, poderá chover de maneira fraca, irregular e muito dispersa em pontos dos distritos do Porto, Aveiro, Coimbra, Vila Real, Viseu, Bragança e Guarda.

Frente fria “varrerá” o Continente de lés a lés na quinta, 21 de setembro, o que se prevê?

Para quinta, dia 21 espera-se um agravamento das condições meteorológicas que provavelmente desencadearão a ativação oficial de vários avisos (amarelo ou laranja devido à previsão de precipitação forte - resta aguardar pelo IPMA). Prevê-se que o período mais crítico da frente fria - cuja passagem por Portugal continental será vertiginosa - ocorra entre a meia-noite e o meio-dia de quinta (21), em particular nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela.

No mapa animado abaixo concebido pelo Departamento de Meteorologia da Meteored e baseado no nosso modelo de referência (ECMWF) pode consultar a previsão de chuva acumulada para as próximas horas e dias, com o Minho a liderar confortavelmente (44 mm).

Neste período de 12 horas de quinta-feira (21), a chuva poderá ser particularmente abundante no Minho e Douro Litoral, esperando-se que em certos períodos caia com uma intensidade moderada a forte, sendo que nas restantes regiões deverá ser fraca a moderada. Do Tejo para Sul, a chuva cairá fraca, com menor frequência e a quantidade de precipitação prevê-se substancialmente inferior e já na segunda metade do dia de quinta (21), entre o meio-dia e a meia-noite.

Ainda assim, todo o país será condicionado pela passagem da frente fria, inclusive as regiões cronicamente mais afetadas pela seca - tais como o Alentejo e o Algarve - onde normalmente a água da chuva raramente chega. De novo, espera-se uma pequena descida das temperaturas máximas na generalidade do território do Continente.

Além disto o vento soprará forte de Sul ou Sudoeste, com rajadas a poder atingir velocidades máximas de 80 km/h, tanto nas terras altas, como em localidades do litoral Norte e Centro. Contudo, à medida que a frente for rodopiando para leste na sua veloz passagem pelo país, o vento passará a soprar de Noroeste ou Oeste. A esta mudança de fluxo estará associada uma gradual dissipação das condições de instabilidade meteorológica e uma progressiva estabilização do estado do tempo.