Anticiclone firme, mas haverá chuva e trovoada em Portugal em breve
A dissipação das poeiras do Saara abrirá caminho a aguaceiros, possivelmente acompanhados de trovoada nalgumas regiões de Portugal nos próximos dias. Mas, mais novidades poderão acontecer no nosso país no início da próxima semana. O que vem aí? Consulte a previsão do tempo!
Após uma quinta-feira (6) marcada pelo céu turvo, polvilhado por poeiras do Saara, o tempo estável, seco, maioritariamente soalheiro e poeirento, dará lugar à provável ocorrência de aguaceiros fracos, distribuídos de maneira irregular pelo interior das Regiões Norte e Centro de Portugal continental.
Prevê-se também o surgimento de atividade elétrica, que se manifestaria sob a forma de trovoada e possivelmente granizo, localmente forte, sobretudo em áreas de vale e montanha. Durante o fim de semana espera-se sobretudo períodos nublados alternando com soalheiros, apesar da instabilidade vespertina ocasional nalgumas regiões do país.
Algumas regiões portuguesas registarão aguaceiros e trovoada nos próximos dias
Devido a uma depressão isolada em níveis altos da atmosfera, situada no sudeste da Península Ibérica (Espanha), surgirá alguma perturbação atmosférica durante as tardes de sexta-feira (7), sábado (8) e domingo (9). De acordo com os nossos mapas meteorológicos de referência, o interior do país, nomeadamente pequenas áreas pertencentes aos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda, poderão registar aguaceiros e trovoadas vespertinas.
Não se descarta a possibilidade de ocorrência isolada e pontual noutras áreas do interior do país (como localidades alentejanas, algarvias ou conimbricenses). Também não é de excluir o risco de queda de pedras de granizo. O fluxo dominante será maioritariamente de Leste, embora o vento possa assumir rumos variáveis, especialmente na faixa costeira ocidental.
Apesar de firme, o anticiclone não impedirá a chegada de chuva e trovoada
Apesar do potente centro de altas pressões “entalado” entre o norte da Península e o Golfo da Biscaia, responsável pela notável anomalia térmica positiva que se traduziu em tempo mais quente do que o habitual para a época do ano, isto é, temperaturas mais elevadas do que a normal climatológica de referência; este anticiclone em crista irá, lentamente, registar uma gradual deslocação para leste. E o que significa isto?
Com a deslocação do anticiclone, do Noroeste de França para as Ilhas Britânicas e partes da Europa Central, ficará “aberta a via” para a chegada de instabilidade meteorológica. Assim, segundo o nosso modelo de confiança, uma frente associada a um centro de baixas pressões situado no Atlântico Norte, irá descarregar chuva no nosso país, entrando pelo Noroeste Minhoto.
Espera-se que a precipitação, mais provável a partir da madrugada de segunda-feira (10), abranja boa parte do país, regando um país que está “mergulhado” num enorme défice hídrico. Este evento de chuva não durará o dia inteiro. Sendo claramente insuficiente para sequer amenizar o cenário gravoso que afeta o país, este efémero e residual episódio de precipitação, será uma mera “gota no meio do oceano” de secura.
Autêntico ziguezague térmico, tipicamente de outono
Saliente-se também que a reta final da semana, sexta-feira (7) principalmente, registará tempo mais quente do que o habitual, à semelhança do que se verificou durante toda a semana. Contudo, o calor anómalo para a época do ano poderá registar um volte-face a partir de sábado (8), dado que se prevê que os termómetros registem uma queda nos valores de temperatura, sobretudo na parte mais setentrional do país (Região Norte).
No sábado (8) prevê-se temperatura máxima de 21 ºC no Porto, 28 ºC em Lisboa, 25 ºC em Faro e 32 ºC em Santarém, enquanto que a mínima deverá registar, respetivamente, 13 ºC, 16 ºC, 17 ºC e 14 ºC. Quanto a domingo (9), espera-se que o termómetro baixe nas áreas mais a norte, alcançando valor máximo de 19 ºC no Porto e 21 ºC na Guarda. Em Lisboa, Faro e Beja prevê-se respetivamente 26 ºC, 24 ºC e 28 ºC. Em todo o país, as mínimas deverão oscilar entre 10 ºC e 18 ºC.
Os dias mostram-se cada vez mais outonais, com noites frias, manhãs frescas e dias quentes - sobretudo na faixa costeira ocidental ou vertente atlântica - onde a amplitude térmica diária será consideravelmente mais notória. A anomalia térmica será positiva em Portugal continental e Arquipélago dos Açores, sendo negativa na Serra da Estrela e na Madeira.