Abril despede-se com aguaceiros, trovoada e descida das temperaturas
A depressão Lola ainda apresentará hoje e amanhã os seus últimos vestígios de instabilidade no nosso país, sob a forma de aguaceiros, trovoada e possivelmente granizo. E depois da tempestade, virá a bonança, ou continuaremos na mesma toada? Confira a previsão aqui!
Ao longo das próximas horas desta segunda-feira o tempo ainda estará bastante instável, sobretudo nas regiões Centro e Sul, em virtude da passagem da depressão Lola que se encontra no seu estágio final, pelo menos no que toca ao seu percurso pelo nosso país.
O núcleo da tempestade, com ar mais frio no seu centro, provocará o aumento da instabilidade ao atravessar o sudoeste peninsular, prevendo-se para a tarde e noite desta segunda-feira, aguaceiros, que poderão ser pontualmente fortes e acompanhados de trovoada.
Não se descarta também a ocorrência de granizo. Entretanto, a depressão distribuir-se-á de forma irregular por Espanha, à medida que se desloca para leste.
As áreas com o maior potencial para o desenvolvimento da instabilidade atmosférica, e por isso, com risco mais elevado de serem atingidas pela ocorrência de trovoada e granizo devido às nuvens de forte desenvolvimento vertical (cumulonimbus) são os distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Portalegre e Beja.
O vento girou de Leste para o quadrante Sul, soprando moderado, por vezes forte. Na região Norte, onde se espera menos instabilidade, vai vigorando um fluxo de Noroeste. Quanto às temperaturas, ocorreu uma suave descida das mínimas na região Norte e uma pequena subida das máximas no interior Centro e Sul.
Na terça-feira (27) estima-se que seja o último dia em que Portugal continental esteja embebido sob a influência do ar húmido e subtropical da depressão Lola. Estão previstos ainda alguns aguaceiros, especialmente durante a tarde e mais prováveis no interiores das regiões Norte e Centro, possivelmente acompanhados de trovoada. As descargas elétricas, segundo estima o nosso modelo de maior confiança ECMWF, serão mais prováveis na Beira Interior (Castelo Branco) e no Alto Alentejo (Portalegre).
Na região Sul, também poderão desencadear-se aguaceiros, sobretudo no interior alentejano e no sotavento algarvio. Não obstante, uma grande parte do dia registará céu nublado ou muito nublado. Espera-se também uma ligeira descida das temperaturas, sobretudo das máximas, e em particular na região Norte.
Na quarta-feira chegarão mais aguaceiros e trovoada
Na quarta-feira (28) teremos um panorama meteorológico de céu, em geral, muito nublado, com probabilidade elevada de chuva ou aguaceiros que serão mais intensos durante a tarde no Norte e Centro, especialmente nos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Coimbra, Leiria e Portalegre. Na região de Lisboa, a precipitação será praticamente residual. Mais a sul, pelo Algarve só se registarão alguns chuviscos.
Ainda assim, é possível que a trovoada volte a surgir, sendo mais provável no interior Norte e Centro. E de novo, não se descarta a possível queda de granizo. O vento soprará moderado, por vezes forte, de Noroeste, em praticamente todo o país, exceto em pontos do interior Sul onde soprará de Sul. Quanto às temperaturas, prevê-se que sofram, outra vez, uma suave descida em praticamente toda a nossa geografia continental. Os termómetros vão registar valores de máxima entre os 12 ºC (Guarda) e os 19 ºC (Braga), num dia que se antecipa mais fresco em relação ao arranque da semana.
Para o final da semana, o tempo terá tendência para estabilizar, embora com temperaturas inferiores ao normal para esta época do ano. Com ocorrência residual de chuviscos numa grande parte do país nas últimas duas jornadas de abril, sobretudo na sexta-feira (30), em que proliferarão períodos de maior nebulosidade no interior Norte, a grande novidade será mesmo a descida significativa das temperaturas.
Prevê-se temperatura máxima de 15 ºC em capitais de distrito como Viana do Castelo e Porto, e uma impressionante mínima de somente 2 ºC na Guarda, numa altura em que está prestes a arrancar o mês de maio, o último da primavera climatológica.