Norte-americano atravessa a Antárctida sozinho e sem auxílio
Um norte-americano concluiu a primeira travessia da Antárctida sozinho e sem ajuda, depois de percorrer quase 1.600 quilómetros durante 54 dias. Saiba aqui mais sobre a incrível aventura de Colin O´Brady.
Em condições meteorológicas e topográficas completamente agrestes, Colin O'Brady, um homem norte-americano e ex-atleta profissional de 33 anos, concluiu a 25 de dezembro de 2018 a primeira travessia da Antárctida a solo e sem qualquer tipo de auxílio. Durante 54 dias percorreu qualquer coisa como 1600 km a pé. Foi seguido através de GPS e os detalhes da sua ousada aventura foram publicados diariamente no seu site colinobrady.com bem como na sua página oficial no Instagram.
Tendo concluído este complexo desafio, Colin O'Brady mostrou-se visivelmente satisfeito depois de ter mostrado diariamente, no seu site, aquilo que ia conseguindo alcançar. A fim de cumprir o seu objetivo, Colin O'Brady, que chegou a estar 32 horas consecutivas sem dormir, equipado com skis de fundo, puxou um trenó com todos os equipamentos e provisões que pesavam cerca de 180 quilos.
Os últimos 125 quilómetros da ousada aventura do ex-atleta profissional foram realizados durante a manhã do dia de Natal, tendo chegado com sucesso ao destino, a barreira de Ross, no Oceano Pacífico. Isto aconteceu porque O´Brady decidiu durante o pequeno-almoço neste dia, concretizar os últimos 125 quilómetros do desafio de uma só vez.
Tudo começou a 3 de novembro, quando Colin O'Brady se juntou a Louis Rudd, um soldado britânico de 49 anos, para efetuarem o percurso em conjunto. Saíram juntos do acampamento em Union Glacier, contudo acabaram por se separar, seguindo por caminhos distintos durante a viagem. O britânico esteve algum tempo na liderança, todavia acabou por ser o norte-americano a chegar primeiro ao fim, com Louis Rudd a entre um e dois dias de distância.
Tentativas anteriores de travessia da Antárctida
Este não é o primeiro recorde de Colin O 'Brady. Em 2016 escalou os picos mais altos das montanhas dos sete continentes, incluindo o Everest, em apenas 132 dias, fazendo dele o mais rápido a alcançar tal façanha. Outras tentativas para efetuar o cruzamento deste continente gelado já tinham sido feitas, mas não foram tão bem sucedidas.
De facto, em 1996-1997, o explorador norueguês Borge Ousland foi o primeiro a cruzar o continente branco sozinho, mas necessitou de assistência durante a sua viagem, tal como outros aventureiros que receberam ajuda ao longo do percurso. Uma outra tentativa, que resultou em tragédia, foi a do tenente-coronel britânico Henry Worsley que ao tentar atravessar a Antártica sozinho e sem assistência, acabou por falecer em 2016.