Inundações em Portugal: O que fazer em caso de emergência?

Fique a saber se reside numa zona de risco de inundação, os procedimentos que deve adotar numa situação de emergência e entenda o que é uma cheia. Em Portugal, se estiver na presença de uma cheia deve contactar a Proteção Civil ou os Bombeiros.

Inundação
Resultados catastróficos de uma inundação.

As cheias são a principal causa das inundações e tratam-se de um dos processos naturais mais demolidores em Portugal em termos humanos, sociais, ambientais e económicos. Se no verão todo o cuidado é pouco com o risco de se presenciar ou ficar sujeito a um incêndio, no inverno devemos ter cuidado com a possível ocorrência de cheias, sobretudo se a área em que residimos é vulnerável a este tipo de processo. Nesta estação do ano, as chuvas ocorrem com bastante frequência e com uma maior intensidade.

No sentido de providenciar uma informação precisa e detalhada acerca destas ocorrências naturais, a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) procedeu à elaboração de cartografia que identifica as principais zonas de alto risco de inundação e cheia em Portugal Continental. Para tal, colaborou em estreita cooperação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil e com os municípios. Desta forma, é possível melhorar a gestão do território e a proteção de bens e pessoas.

Algumas das principais zonas de risco são: Ponte de Lima, Régua, Porto/Vila Nova de Gaia, Estuário do Rio Mondego, Águeda, Ria de Aveiro, Tomar, Setúbal, Alcácer do Sal, Tavira, Monchique, Faro e Silves. Para consultar o mapa, clique aqui.

Caso esteja de sobreaviso quanto à mais que provável ocorrência deste fenómeno na sua área de residência saiba o que fazer nestas emergências consultando mais abaixo, algumas das medidas mais urgentes altamente recomendadas pela Proteção Civil.

No caso da ocorrência de uma cheia ou inundação, algumas das atitudes que deve tomar, quer se encontre no interior ou no exterior de sua casa, são:

  • Acondicione num saco de plástico os objetos pessoais mais importantes e os seus documentos;
  • Mantenha a serenidade. Procure dar apoio a pessoas com mobilidade reduzida ou incapacidades especiais, crianças e idosos;
  • Prepare-se para a necessidade de ter de abandonar a casa;
  • Não toque em cabos eléctricos caídos. Não se esqueça de que a água é condutora de eletricidade;

Para mais informações, consulte aqui.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, as cheias são fenómenos naturais extremos e temporários provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. O excesso de precipitação provoca um aumento abrupto do caudal das linhas de água, fazendo transbordar o leito normal e levando à inundação das margens e áreas mais próximas.

As cheias são causadas igualmente pela rutura de barragens podendo, ou não, ser relacionados com processos meteorológicos adversos. As cheias provocadas por estes acidentes são geralmente de propagação muito mais rápida.

A formação e duração de uma cheia depende em larga medida das características da bacia hidrográfica da linha de água em questão. Bacias de dimensão pequena apresentam, geralmente, condições para que uma cheia se forme e propague rapidamente, por vezes em escassas horas. Já em bacias de grandes dimensões, o pico da onda de cheia e as inundações a elas associadas demoram mais tempo a ocorrer, o que permite avisar atempadamente os cidadãos. Ainda assim, demoram mais tempo a desvanecer podendo estender-se por alguns dias.

Em Portugal Continental e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira começa a monitorizar-se a possível ocorrência de cheias ou inundações no outono a partir da observação de dados meteorológicos, sendo que os impactes associados a este tipo de processo são minimizados se forem bem acautelados. Ainda assim, estes processos acontecem sobretudo durante o inverno, com alguma frequência e às vezes de forma dramática pelo que convém que, em caso de residir numa área de risco elevado de inundação, esteja preparado.