Estação Espacial Internacional está de parabéns: 20 anos em órbita!
A Estação Espacial Internacional, o maior laboratório científico extraterrestre, começou a ser construída em órbita há 20 anos. Aqui vê-se o nascer do Sol 16 vezes por dia! Saiba mais sobre estas e outras curiosidades.
A construção peça por peça da estação, que possui o tamanho de um campo de futebol e situa-se a cerca de 400 quilómetros de altitude, teve início a 20 de novembro de 1998, através do envio do módulo de armazenamento de energia, e ficou concluída em 2010, quando foi instalado um observatório, a “maior janela” para o espaço de onde é possível observar a Terra e outros corpos celestes, acoplamentos das naves e manobras de reparação no exterior.
Desde novembro de 2000 que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) tem sido permanentemente “habitada”. Astronautas e cosmonautas de 18 países já estiveram na ISS, tais como o espanhol Pedro Duque, ministro da Ciência e Inovação de Espanha, o norte-americano Scott Kelly, que tem na sua posse o recorde de dias de vivência na estação durante uma missão - 342 dias consecutivos, e o brasileiro Marcos Pontes, futuro ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil.
Na Estação Espacial Internacional, cuja vida útil foi prolongada até 2024, mais quatro anos do que o previsto, são testadas novas tecnologias, realizam-se experiências científicas, muitas delas difíceis de concretizar na Terra, mas que poderão ter impacto na vida humana, e preparam-se novos empreendimentos no espaço. A ISS aparece como um emaranhado de tubos e placas metálicas rodeados por 16 painéis solares que lhe fornecem energia para funcionar. A estação é como se fosse um “diplomata”, uma vez que a sua concretização resulta de um acordo entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão e 11 países europeus que fazem parte da Agência Espacial Europeia.
Como se vive na ISS?
Na estação, trabalham e vivem seis astronautas que se vão revezando ao fim de seis meses. Lá são capazes de observar a estação a realizar uma volta completa à Terra em 90 minutos, alcançando por dia um total de 16, tantas quantas as vezes em que é possível ver o nascer e o pôr do Sol. A fim de mitigar os efeitos da microgravidade, que faz flutuar os astronautas, estes exercitam os músculos durante duas horas diárias num ginásio. Isto acontece para que eles possam construir, manter e reparar a ISS durante caminhadas espaciais - já foram realizadas mais de 200 - desde dezembro de 1998.
Viver na ISS, que se desloca à volta da Terra a uma média de 27 mil quilómetros por hora, é tal e qual como viver num deserto já que existe pouca água disponível. Assim, uma parte da água é reciclada e a outra é fornecida, bem como a comida e equipamentos por veículos espaciais de carga.