Sabia que existe uma vaca geneticamente modificada? Chama-se Hilda e é escocesa!

Nasceu na Escócia a primeira vaca in vitro com o objetivo de reduzir as emissões de metano para a atmosfera, combatendo assim as alterações climáticas. Venha conhecer a Hilda aqui!

Hilda
O projeto Cool Cows, através do sucesso com a Hilda, tentará reproduzir um maior número de descendentes, estabelecendo rapidamente um núcleo de bezerros altamente eficientes em metano. Fonte: Projeto Cool Cows

Hilda é o nome da primeira vaca geneticamente modificada para combater as alterações climáticas.

Integra o rebanho Langhill e, nasceu na cidade de Dumfries, na Escócia, através de fertilização in vitro e pode mudar a indústria da produção de gado para sempre.

Este bezerro faz parte do projeto Cool Cows que pretende criar gado de forma mais sustentável e com menor impacto ambiental, nomeadamente na emissão de metano, um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global.

Há mais de 50 anos que o rebanho de Langhill é uma referência no estudo das emissões de gases com efeito de estufa na produção de leite.

Como nasceu Hilda?

A fertilização in vitro permitiu que os óvulos da mãe de Hilda, escolhida com base em características genéticas que indicam que produz menos metano, fossem fertilizados em laboratório, resultando assim numa mutação genética.

O nascimento de Hilda, a primeira vaca a sofrer esta mutação é um passo histórico que pode revolucionar a emissão de gases por parte do gado bovino e a sua própria reprodução.

"O projeto Cool Cows permitirá gerar mais descendentes a partir destes doadores, formando rapidamente um núcleo de bezerros altamente eficientes na redução de metano."
Richard Dewhurst, professor do Scotland's Rural College

O rebanho Langhill foi criado nos anos 70, e tem sido utilizado pela comunidade cientifica para estudar as emissões de gases com efeito de estufa relacionadas com a produção de leite. Estes estudos incluem a análise de diferentes dietas e o impacto de fertilizantes nos pastos.

O metano transmitido pela agropecuária

A pecuária é considerada uma das responsáveis pelo efeito de estufa devido à produção de metano pelos ruminantes. A produção de gás metano (CH4) entérico pelos ruminantes é dependente principalmente do tipo de dieta disponível aos animais e do nível de ingestão, mas também pode ser influenciado pelo tamanho, idade e espécie do animal.

Rebanho
O rebanho tem sido utilizado em vários estudos sobre as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção de laticínios, inclusive em torno dos efeitos de diferentes dietas e do impacto de diferentes fertilizantes nas pastagens.

A redução desta emissão é crucial para a sustentabilidade da pecuária, que, no Reino Unido, é responsável por cerca de metade das emissões deste gás.

Para além de ser prejudicial para as alterações climáticas é também para a saúde humana, nomeadamente para os pulmões, habitualmente apontado como causador de um milhão de mortes prematuras todos os anos.

"Os arrotos das vacas são um problema!"

Até parece mentira, mas de acordo com uma notícia avançada pela Notícias Magazine, esse gás, o metano, é produzido por micróbios que vivem no estômago das vacas e é da sua natureza, da sua genética o metano, porém não é bom para o meio ambiente.

Em Portugal, 43% do metano emitido para a atmosfera provém a agropecuária e são as vacas que mais o emitem.

A Hilda, a vaca amiga do ambiente, como agora é conhecida, foi concebida para contrariar estes efeitos nocivos, tal como a criação de gado que produza menos metano rapidamente.