Sabe quais são as três pandemias mais mortais da história?

Apesar da pandemia da Covid-19 ter causado perto de 7 milhões de mortes, a nível mundial, até agora, esta não está nem perto das três pandemias mais mortais da história.

vírus, pandemia
Ao longo dos anos, vão surgindo novas doenças, muitas delas contagiosas, que podem afetar o mundo inteiro.

Tendo em conta que vivemos em sociedade, é normal que estejamos mais vulneráveis ao contágio de doenças. Algumas são facilmente contidas, mas outras podem despoletar uma pandemia mundial e resultar em números de vítimas avultados.

As três pandemias mais mortíferas da história

Apesar de não se ter total certeza acerca de números, principalmente das pandemias mais antigas, há consenso quanto às mais mortais da história, até agora. Comecemos pelo 3º lugar, que das três, foi a que menos vítimas fez, apesar de, ainda assim, o número ser bastante elevado.

3- SIDA ou VIH

Esta pandemia que terá sido detetada no início da década de 1980, nos EUA, já ceifou mais de 40 milhões de vidas até agora e estima-se que cerca de 38 milhões de pessoas estejam infetadas com este vírus, sendo que dois terços deste número seja registado em África.

O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é transmitido através dos fluidos corporais das pessoas infetadas, como sangue, leite materno, sémen e secreções vaginais. Embora a SIDA não tenha cura, os avanços na medicina permitiram que os pacientes tenham uma vida longa e digna graças a novos tratamentos, diagnósticos precoces e, sobretudo, estratégias de prevenção e consciencialização.

2- Peste Negra ou Peste Bubónica

Esta pandemia – que alcançou o seu pico entre 1347 e 1353 – é considerada a mais devastadora da história da humanidade. Teve origem no bacilo Yersinia pestis, que foi transmitido pelas pulgas das ratazanas (Xenopsylla cheopis).

Em apenas seis anos, entre 60 e 65 por cento dos habitantes da Península Ibérica morreram. Estima-se, ainda, que esta tenha causado entre 30 a 75 milhões de mortes na Eurásia.

máscara; Peste Negra
Quando iam tratar dos pacientes, os médicos colocavam ervas na extremidade da máscara, convencidos de que assim criavam uma espécie de barreira que os protegia do contágio. Crédito da imagem: Getty Images.

Uma das imagens mais conhecidas da peste negra é a das máscaras pontiagudas. Estas máscaras eram utilizadas porque, devido ao desconhecimento sobre a doença na altura, pensava-se que a infeção se transmitia através do ar contaminado.

1- Varíola

Em primeiro lugar temos a pandemia da varíola que dizimou cerca de 500 milhões de vidas! Acredita-se que esta tenha surgido na Índia, havendo registos da mesma na Ásia e na África desde antes da era cristã.

Estima-se que esta tenha sido a responsável mais provável da epidemia misteriosa catastrófica ocorrida em Atenas que, segundo Tucídides, matou um terço da população, no ano de 430 a.C., dando início ao declínio dessa civilização democrática.

Felizmente, uma vacina impulsionada por Lady Montagu e testada por Edward Jenner em 1796 travou progressivamente o avanço desta enfermidade. Desta forma, em 1977 foi registado o último caso desta doença, que tinha uma taxa de mortalidade de 30%.

E a gripe espanhola ou gripe pneumónica?

Como já referimos, foram e continuam a ser várias, as pandemias que assolam as diferentes sociedades. A gripe espanhola, desenvolvida a partir do vírus influenza, apesar de não estar nesta lista, devido à elevada incerteza das vítimas causadas, ficou marcada também, pelo impacto que teve a nível mundial.

Apesar de não fazer parte da lista das pandemias mais mortais, estima-se que esta gripe tenha matado mais pessoas que a SIDA e a Peste Negra.

As estimativas apontam para um número de mortes situado entre os 17 e os 100 milhões de pessoas! Algumas análises mostraram que o vírus foi particularmente mortal por desencadear uma tempestade de citocinas, que destrói até o sistema imunológico mais forte.

Contudo, estudos mais recentes afirmam que o grande impacto desta pandemia deveu-se à desnutrição, falta de higiene e os acampamentos médicos e hospitais superlotados (durante a Primeira Guerra Mundial) que promoveram uma superinfeção bacteriana.