Reino Unido desenvolve o computador climático mais avançado do mundo
O investimento de 1.2 milhar de milhão de libras esterlinas do Reino Unido no supercomputador que será gerido pelo Met Office “ajudará a prever tempestades com maior precisão, selecionar os lugares mais adequados para as defesas contra inundações e prever alterações no clima global”.
Um supercomputador concebido para melhorar as previsões meteorológicas e climáticas extremas, está prestes a receber financiamento na ordem de 1,2 £ milhar de milhão (libras) por parte do governo do Reino Unido para o seu desenvolvimento. A tecnologia será gerida pelo Met Office, com previsões de chuva mais sofisticadas e melhoria na previsão do tempo nos aeroportos, entre os seus objetivos.
Os dados recolhidos por este poderoso aparelho serão também utilizados para a prevenção de tempestades com um maior grau de precisão, para a seleção das localizações mais adequadas para a defesa contra inundações bem como na previsão de alterações do clima à escala global. Espera-se que este supercomputador seja o mais avançado do género no que diz respeito ao estado do tempo e ao clima no mundo.
O que significa este investimento para as Ciências da Atmosfera
O atual supercomputador do Met Office, que deverá chegar ao seu fim de vida útil no final de 2022, está entre os 50 computadores mais poderosos do mundo e possui no seu armazenamento, conteúdo suficiente para mais de 100 anos de filmes em HD.
"Este investimento vai providenciar, em última análise, avisos mais precisos e antecipados do tempo severo, a informação necessária para construir um mundo mais resiliente num clima em mudança e ajudará a apoiar a transição para uma economia de baixo carbono em todo o Reino Unido", disse Penny Endersby, chefe-executiva do Met Office. "Isto vai ajudar o Reino Unido a continuar na liderança do campo da ciência e dos serviços do tempo e do clima, trabalhando em conjunto para garantir que os benefícios do nosso trabalho auxiliem o governo, a sociedade e a indústria a tomar melhores decisões para permanecermos seguros e prosperarmos".
O governo pretende que a tecnologia seja uma ajuda para as comunidades no que toca à preparação para perturbações do estado do tempo como as recentes super tempestades Dennis e Ciara. O supercomputador per si deverá ter um custo de cerca de 854 milhões de libras, sendo que os fundos restantes serão destinados para o investimento na rede de observações climatológicas e nos escritórios do Met Office, no período de 10 anos (2022 – 2032).
"Nos últimos 30 anos, novas tecnologias resultaram em previsões meteorológicas mais precisas, com tempestades a serem previstas até cinco dias de antecedência", disse Alok Sharma, secretário dos negócios e da energia e presidente da COP 26. “Faça chuva ou faça sol, este nosso investimento significativo num novo supercomputador vai acelerar ainda mais as previsões meteorológicas, ajudando as pessoas a estarem mais preparadas para as perturbações do estado do tempo, desde o planeamento de viagens até à implantação de defesas contra inundações”.