Que atividade apresenta o nosso cérebro nos nossos últimos 7 minutos de vida?
Segundo várias fontes, mesmo depois de uma pessoa ser declarada morta, a atividade cerebral continua ativo por mais 7 minutos. Será verdade? Venha descobrir!
De acordo com um grupo de profissionais médicos de uma unidade de cuidados intensivos no Canadá, a atividade cerebral de um doente continuou durante sete minutos depois de o seu sistema de suporte de vida ter sido desligado.
Estes relatam que, as ondas cerebrais continuaram como se a pessoa estivesse a dormir, mesmo depois de os médicos a terem declarado clinicamente morta. Os investigadores também descobriram que cada paciente pode ter uma experiência muito diferente com a morte.
O Dr. Sam Parnia, que estudou a consciência pós-morte e examinou casos de paragem cardíaca na Europa e nos Estados Unidos, afirma, num artigo publicado no Science Times, que o próximo passo é descobrir formas de monitorizar o cérebro quando este está "perto da morte", melhorar a qualidade da reanimação e prevenir melhor os danos cerebrais após o reinício do funcionamento do coração.
Relato de um doente que quase perdeu a vida após ter passado por um período em coma.
Os investigadores observaram também o cérebro durante sete minutos para determinar a quantidade de oxigénio que entra quando o córtex volta a estar "conectado" e de que forma a experiência está ligada ao funcionamento real do cérebro. Após a morte, observaram a mesma atividade no córtex cerebral e noutras áreas do corpo do doente.
A consciência de uma pessoa pode funcionar mesmo depois de o seu coração ter deixado de bater
Segundo Parnia, as pessoas que sobreviveram a uma paragem cardíaca podem morrer novamente enquanto estão mortas e são trazidas de volta à vida. Isto significa que um corpo morto pode ser mantido num estado de consciência, mesmo que o cérebro funcione por pouco tempo. Como resultado, podem até ouvir o pessoal médico declarar que estão mortos.
Mas o que acontece nos últimos 7 minutos?
Rajalakshmi Tevar dividiu os últimos sete minutos, sugerindo o que ocorre no cérebro em cada minuto. Segundo ela, o primeiro minuto é uma fase calorosa e acolhedora, em que nos lembramos do nosso nascimento, do hospital, da mãe e do pai. O cérebro regista todos os acontecimentos que vê.
O segundo minuto é dedicado a alguns dos momentos mais felizes, recordações de infância, com amigos e família. O terceiro é dedicado aos companheiros mais próximos e às experiências amorosas. Do primeiro ao último amor. Cada uma das recordações, o primeiro beijo, os primeiros abraços.
O quarto minuto traz de volta os momentos de solidão, tristes, quando principalmente as pessoas envolvidas nos três primeiros minutos partem. Ficamos com todas as memórias de tristeza quando nos sentimos completamente sós.
O quinto minuto é, alegadamente, um flashback dos momentos surpreendentes da vida da pessoa, e o sexto está associado ao julgamento, com todas as memórias da vida. Neste minuto acredita-se que a pessoa se julga a si próprio, se viveu realmente uma vida boa ou má, se fez boas ou más ações para com os outros. O indivíduo julga o seu carácter e a forma como interagiu com as pessoas que tem na sua vida.
O último minuto permanece misterioso, imprevisível. Mesmo aqueles que tiveram experiências de quase-morte não têm uma memória clara deste minuto, ninguém foi capaz de recordar qualquer memória no último momento.
Contudo, quando os cientistas investigaram o cérebro, descobriram algo fascinante. Todos os químicos no cérebro, como a dopamina, a melatonina, a serotonina, estavam a correr e a criar uma energia total. Mas, mesmo assim, não conseguiam perceber porque é que isso estava a acontecer.
Segundo os investigadores estes 7 minutos são como voltar a viver toda a nossa vida. É apenas uma pequena vida, e todos nós sentiremos isso um dia, pois a morte é inevitável.