Papel higiénico: qual a escolha mais verde? Bambu, reciclado ou outras alternativas?
Com o aumento das preocupações ambientais, as opções de papel higiénico "mais verdes" proliferam. Bambu, reciclado... qual a melhor escolha? Descubra aqui, e saiba como reduzir o consumo e o impacte ambiental.
Nos dias de hoje, a secção de papel higiénico nos super e hipermercados está repleta de opções que se anunciam como mais ecológicas. Encontramos desde bambu e material reciclado até produtos com rótulos de "floresta segura". Mas será que estas alternativas são realmente melhores para o ambiente? E podemos eliminar de vez o papel higiénico? Saiba mais em detalhe aqui!
Reduzir o consumo: uma boa alternativa e o primeiro passo
Independentemente da sua escolha, a melhor forma de diminuir o impacte ambiental do papel higiénico é reduzir o seu consumo. Utilize apenas o necessário e evite o desperdício.
De um modo geral, o papel higiénico reciclado não deixa de ser uma boa opção para quem procura reduzir o seu impacte ambiental sem grandes mudanças na rotina. Este tipo de papel é produzido a partir de materiais já utilizados, como jornais e caixas de cartão, o que significa que requer menos recursos naturais e energia para ser fabricado.
Além disso, contribui para diminuir a quantidade de lixo enviado para aterros sanitários. Em todo o caso, sabe-se hoje que o material reciclado tem vindo a diminuir à medida que o uso de produtos de papel também regista um decréscimo.
Por outro lado, o papel higiénico de bambu apresenta-se como uma alternativa promissora aos produtos à base de árvores. O bambu é uma erva que cresce rapidamente e ocupa menos terreno do que as árvores, o que significa que a sua produção tem um impacte ambiental menor.
Além disso, a conversão das fibras de bambu em papel requer menos água do que a produção de papel a partir de madeira virgem. No entanto, é importante escolher marcas de papel higiénico de bambu com certificação de origem responsável, para garantir que o bambu não foi cultivado em áreas desmatadas.
Além do mais, não será de esquecer que grande parte do papel higiénico de bambu atualmente no mercado em Portugal vem da Ásia. As análises realizadas em torno da temática sugerem que a pegada de carbono do papel de bambu pode ser superior à do papel higiénico tradicional produzido a partir de árvores da Europa, devido aos combustíveis fósseis utilizados para produzir o produto e enviá-lo para o mercado.
Bidé: um adeus ao papel higiénico
Para os mais ousados, o bidé oferece uma solução radical: eliminar completamente o papel higiénico. Neste local, é possível utilizar um jato de água para limpar a zona íntima, seguida de uma limpeza com uma toalha de pano. Numa notícia recente apresentada no The New York Times o bidé foi apontado como uma opção mais higiénica e amiga do ambiente, quando comparado com o papel higiénico tradicional.
De facto, reduz significativamente o consumo de água e papel. Além disso, muitos modelos mais avançados de bidés já oferecem funcionalidades adicionais, como assento aquecido e controlo remoto, mas esta temática não se encontra hoje em discussão.
O que importa realmente é que a melhor escolha de papel higiénico depende das necessidades e preferências individuais.
Embora os fabricantes de papel higiénico não facultem números exatos, estima-se que sejam necessários 23 litros de água para produzir um rolo duplo de papel higiénico. O número de folhas num rolo varia consoante a marca, mas caso se considerem 200 folhas por rolo duplo e 8 folhas por utilização, cada ida à casa de banho representa aproximadamente 1 litro de água.
Os bidés utilizam-se entre 0,1 e 1 litro por utilização. E, evita todos os efeitos colaterais em cascata associados à agro-florestação.