Os diferentes tipos de chuva e os mais comuns em Portugal
A chuva é um tipo de precipitação que ocorre na forma líquida e em temperaturas superiores a 0ºC. Esta pode ser caracterizada a partir de critérios como a intensidade, a acidez ou a origem, sendo esta a forma mais comum de classificação. Saiba mais aqui!
De acordo com a sua origem, as chuvas podem ser orográficas, frontais ou convectivas. As condições necessárias à ocorrência de precipitação são:
- A ascensão do ar;
- O arrefecimento do ar;
- O aumento da humidade relativa;
- O ponto de saturação do ar;
- A condensação do vapor de água em excesso;
- A formação de nuvens.
As chuvas frontais ocorrem quando uma massa de ar quente e húmido encontra-se com uma massa de ar frio e seco. A massa de ar frio, por ser mais densa, eleva a massa de ar quente a pontos mais altos da atmosfera, ocorrendo então o processo de condensação, que resulta em precipitação na forma líquida. Este tipo de chuva é caracterizado por ser contínuo e ter baixa intensidade.
A chuva orográfica, também conhecida como chuva de relevo, acontece quando as nuvens encontram obstáculos, como serras e montanhas. Uma massa de ar húmido vinda do oceano, ao encontrar uma elevação de terra, é forçada a subir grandes altitudes. Ao elevar-se, a nuvem resfria-se e ocorre o processo de condensação seguido de precipitação. As chuvas orográficas geralmente possuem maior duração e baixa intensidade.
A chuva convectiva é frequente em regiões de clima tropical, ou seja, é típica de regiões com temperaturas elevadas. Conhecidas também como chuvas de verão, ocorrem devido à diferença de temperatura nas camadas próximas à atmosfera terrestre. É uma chuva de abrangência local e ocorre quando há a movimentação do ar, isto é, o ar frio desce, por ser mais denso, e o ar quente eleva-se, por ser mais leve. Ao subir, o ar quente carrega toda a humidade, inicia-se o processo de condensação e, depois, ocorre a precipitação. São geralmente chuvas de pouca duração, contudo possuem alta intensidade.
Chuva ácida
A chuva ácida é considerada um problema atmosférico e ocorre por causa da atividade antrópica. A queima de combustíveis fósseis, por exemplo, emana para a atmosfera óxidos de enxofre e nitrogénio, que acabam por reagir com o vapor de água e originam este problema.
As principais consequências da chuva ácida são os danos nas plantações, a contaminação dos lençóis freáticos e as ameaças à saúde dos seres vivos, que podem desencadear problemas respiratórios. O termo chuva ácida ficou conhecido pelo químico e climatologista Robert Angus Smith.
Tipos de chuva mais frequentes em Portugal
Chuvas frontais- a deslocação da frente polar, para sul, em latitude, provoca queda de precipitação em Portugal, principalmente durante o Inverno.
Chuvas de relevo- a barreira de condensação formada pelo conjunto montanhoso Gerês, Alvão e Marão, explica a seca do noroeste transmontano e a precipitação no noroeste atlântico (Minho).
A precipitação média anual em Portugal Continental é de cerca de 900 mm, apresentando grande variabilidade espacial, com os maiores valores observados no Minho (3000 mm), e os menores, inferiores a 400 mm, observados numa região restrita da Beira Interior.
Também no continente português, a precipitação é mais intensa a norte do que a sul, e mais no litoral do que no interior. E, ainda, os máximos de precipitação coincidem com as regiões de maior altitude.
Em média, cerca de 42% da precipitação anual ocorre durante o Inverno (Dezembro a Fevereiro), enquanto que os valores mais baixos de precipitação ocorrem durante o Verão (Junho a Agosto), correspondendo apenas a 6% do total de precipitação anual.