Onde ocorrem mais sismos? NOAA publica lista dos lugares com mais terramotos no planeta (Ásia lidera o top 10)

Nenhuma parte do globo é imune a terramotos, mas há umas que são mais propensas do que outras. Neste artigo mostramos-lhe os lugares do mundo com mais abalos sísmicos, à boleia da NOAA.

São registados mais de 300 mil terramotos por ano em todo o globo, afetando milhões de pessoas.

Por ano são registados cerca de 300 mil tremores de terra em todo o planeta. Muitos deles não são sequer percetíveis pelo ser humano, enquanto outros causam destruição e milhares de mortes. Os terramotos são imprevisíveis e podem ocorrer em diferentes intensidades e intervalos de tempo.

Veja-se os casos mais recentes dos sismos de Myanmar, a 28 de março deste ano, de magnitude 7,7 na escala de Richter; Tonga, a 30 de março, de magnitude 7,0; e Papua Nova Guiné, a 4 de abril de 2025, de magnitude 6,9.

Embora os abalos sísmicos possam ocorrer no mundo todo, alguns países apresentam atividade sísmica significativamente maior devido à proximidade de grandes falhas geológicas e limites de placas tectónicas.

Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura, mais ou menos violenta, no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.

Podem afetar qualquer lugar do planeta e em qualquer momento e são uma das forças mais poderosas e destrutivas do planeta, com capacidade para causar danos avultados em diversas infraestruturas e mortes, além de poder desencadear tsunamis e movimentos de massa em vertente.

Onde ocorrem a maioria dos terramotos?

Na maior parte dos casos os sismos ocorrem devido a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, que se movimentam entre si. Mas também podem ocorrer movimentos de falhas existentes no interior das placas tectónicas.

Existem outros fatores que podem aumentar a probabilidade de ocorrência de terramotos, como a atividade vulcânica e os movimentos de material fundido em profundidade.

Os sismos podem ocorrer devido a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas ou no interior nas mesmas.

O último abalo sísmico ocorrido em Myanmar não ocorreu por acaso, uma vez que o país se situa na intersecção de várias placas tectónicas, o que o torna muito propenso à atividade sísmica: as placas Eurasiática, do Pacífico, Filipina e Indo-Australiana.

Os terramotos afetam milhões de pessoas ao redor de todo o mundo e ocorrem em qualquer lugar. Das áreas mais propensas à ocorrência destes fenómenos destacam-se o Anel de Fogo do Pacífico, onde ocorrem aproximadamente 81% dos maiores sismos do mundo; o Cinturão Alpino, que se estende de Java a Sumatra e passa pelo Himalaia, Mediterrâneo e Atlântico; ou a Dorsal Mesoatlântica, a maior cordilheira submersa do mundo, que marca o ponto de divergência de duas placas tectónicas: a Norteamericana e a Euroasiática.

A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) dos Estados Unidos da América, organizou uma lista dos países com mais sismos registados entre os anos de 1990 e 2025, e que cumprem pelo menos um destes critérios: ter tido um terramoto de magnitude 7,5 ou superior na escala de Richter; ter sido gerado um tsunami; tenha provocado danos de pelo menos um milhão dólares; tenha causado dez ou mais mortes; entre outros fatores.

Assim, destacam-se China (187 terramotos neste período) Indonésia (173), Irão (112), Japão (103), Estados Unidos da América (79), Turquia (65), Índia (59) e Filipinas (55).

A falta de aplicação de normas construtivas prejudica a segurança e a integridade das mesmas e, consequentemente, também a dos seus habitantes.

A China registou o maior número de sismos desde 1990 e é considerado um dos países mais propensos a este tipo de fenómenos no mundo. Já Myanmar (com 15 eventos nos últimos 35 anos) não figura nem nos primeiros vinte países com o maior número de terramotos registados, mas está classificado em 27º lugar.

O caso de Myanmar: causas e consequências

A China registou o maior número de sismos desde 1990 e é considerado um dos países mais propensos a este tipo de fenómenos do mundo. Já Myanmar (com 15 eventos nos últimos 35 anos) não figura nem nos primeiros vinte países com o maior número de terramotos registados, mas está classificado em 27º lugar.

Para além de Myanmar estar localizado na intersecção de placas, a falta de aplicação de normas construtivas prejudica a segurança e a integridade das mesmas e, consequentemente, também a dos seus habitantes. O país está isolado do resto do mundo e é governado por uma junta militar desde 2021.

As técnicas de prevenção, mitigação e preparação são comprovadamente cruciais para reduzir danos causados por terramotos e salvar vidas, tais como exercícios e simulacros, códigos construtivos de propensão antissísmica, sistemas de alerta e aviso de terramotos e tsunamis e planeamento de resposta a acidentes graves ou catástrofes.

Após tragédias anteriores, países como Indonésia e Chile fortaleceram os seus sistemas de alerta e aviso, resultando em reduções significativas na mortalidade, mas a situação isolada de Myanmar faz temer que não sejam tomadas as medidas necessárias para tornar as consequências menos críticas.