O grafeno pode tornar-se num material revolucionário no espaço!
O grafeno possui uma série de caracterísitcas que o fazem ser um material de excelência, que pode vir a ser bastante útil na indústria espacial. Saiba mais aqui!
Há muito que o grafeno é apresentado como um excelente material. É inegável que tem propriedades espantosas - mais forte do que o aço, melhor condutor elétrico do que o cobre e mais leve do que quase tudo o que tem propriedades semelhantes.
E embora tenha sido parcialmente adotado em tecnologias espaciais, há ainda muitos casos de utilização em que uma forma pura do material poderia beneficiar dramaticamente a indústria espacial.
Para detalhar essas oportunidades, um grupo de cientistas da Agência Espacial Italiana publicou recentemente um documento que analisa o papel do grafeno na exploração espacial - e onde poderá ter um impacto ainda maior em breve.
A importância do grafeno
Quando utilizado em tecnologias espaciais, o grafeno está simplesmente a regressar a um local onde já existe naturalmente. Esta investigação demonstrou que até 1,9% do carbono do meio interestelar é constituído por grafeno. Este é criado durante o processo destrutivo de uma estrela que está a atravessar os seus estertores da morte e espalha-se pela galáxia como parte desse processo.
Infelizmente, recriar uma supernova não é particularmente fácil aqui na Terra. E criar grafeno aqui na Terra também não é fácil - pelo menos não à escala necessária para que todas as suas propriedades materiais se tornem realidade. Contudo, mesmo um pouco de grafeno adicionado à mistura faz a diferença.
A utilização do grafeno
Normalmente, os engenheiros combinam o grafeno com diferentes metais e polímeros para aplicações espaciais, dando origem a uma classe de materiais conhecidos como nanocompósitos.
Mesmo esta pequena quantidade deste material pode ter benefícios positivos significativos para os resultados do compósito - quer aumentando a sua condutividade térmica ou rigidez. Alguns compósitos podem mesmo ser utilizados como sensores, com os seus resultados a controlar coisas como o posicionamento de foguetões.
Outros casos de utilização, como velas solares, antenas e sistemas anti-desgaste, mostram a versatilidade do grafeno. Mas para onde é que vamos a partir daqui? Ainda não existe uma forma de fabricar com sucesso grafeno puro com as propriedades físicas que desejamos. Porém, há muita investigação sobre a forma de o fazer.
A China detém a maior parte das patentes mundias do grafeno
Tal como em muitas outras áreas de investigação científica, a China está a liderar o desenvolvimento dessa metodologia. De acordo com o documento da Agência Espacial Italiana, a China controla 71% das patentes mundiais sobre grafeno e 8 das 10 principais universidades que investigam grafeno estão localizadas no país.
A China também tem um programa espacial robusto, mas a sua economia espacial não está tão bem desenvolvida como a dos EUA ou da UE, pelo que poderá demorar algum tempo até que quaisquer avanços no país sejam mais amplamente adotados na indústria espacial.
Todavia, de um modo geral, o documento faz um trabalho razoável na descrição de potenciais casos de utilização, obstáculos e oportunidades para a utilização do grafeno no espaço. Ainda há trabalho a fazer antes deste material se tornar útil nos ambientes mais adversos. No entanto, dado o seu potencial, uma forma artificial de grafeno regressará, sem dúvida, um dia, ao vazio interestelar onde foi inicialmente desenvolvido.