Impacto que aniquilou os dinossauros gerou um mega-sismo!

Há 66 milhões de anos, o impacto de um meteorito culminou na extinção da espécie dominante até então. Atualmente, a análise de mais dados permitiu compreender melhor o que aconteceu nesse momento. Fique a saber mais, connosco!

Asteroide.
O impacto de um asteroide de grandes dimensões pode levar à extinção em massa no nosso planeta, tal como aconteceu há mais de 65 milhões de anos.

A extinção em massa dos dinossauros ocorreu após a colisão de um asteroide com cerca de 10 quilómetros de extensão com a superfície terrestre. Mais de 165 milhões de anos de reinado daquela espécie terminaram naquele momento, sendo que se estima que 75% das espécies da Terra acabaram por desaparecer nos anos seguintes. Com a queda dos dinossauros, os mamíferos puderam finalmente prosperar.

Foi possível detetar deformações nas rochas associadas à atividade sísmica (...)

Surgem agora novos dados, provenientes de estudos desenvolvidos nos Estados Unidos da América, México e Colômbia que revelaram que após o impacto do asteroide o planeta experienciou uma atividade sísmica contínua que durou meses ou mesmo anos.

O impacto de Chicxulub (localidade mexicana mais próxima) que deu o nome à cratera, originou um mega terramoto que libertou qualquer coisa como 1023 Joules de energia, cerca de 50 000 vezes mais do que o terramoto de magnitude 9.1, ocorrido em 2004, com epicentro perto de Banda Aceh, na ilha de Sumatra, na Indonésia e que provocou um tsunami mortífero que espalhou destruição e deixou um rasto de vítimas por todo o Oceano Índico.

Bases desta informação

A Ilha de Gorgonilla, que se situa no Oceano Pacífico junto à sua irmã de maior dimensão, Gorgona, próximo da linha de costa da Colômbia, a Sudoeste da cidade de Buenaventura, é um dos locais de estudo que permitiu compreender melhor o que ocorreu imediatamente após a colisão do asteroide. Nesta ilha foram encontrados depósitos de esférulas, que são camadas de sedimentos que contêm pequenos pedaços de vidro (que podem ter até 1.1 mm).

Estes pequenos pedaços de vidro formaram-se devido às condições de pressão e temperatura que se verificaram após o impacto. Os sedimentos foram projetados na atmosfera e voltaram a cair, em forma de vidro, pela ação da gravidade. A forma como se depositaram sugere que a atividade sísmica decorrente do impacto durou, pelo menos, vários meses.

As rochas que se encontram à superfície naquele local contam muito daquilo que é a história do fundo do oceano. Foi possível detetar deformações nas rochas associadas à atividade sísmica, sendo que aquele local estava relativamente bem protegido, pois encontrava-se no fundo do mar aquando do mega tsunami decorrente do impacto do asteroide, a mais de 3000 km de distância.

As mesmas “marcas” foram encontradas nos Estados Unidos e no México, onde se verificou a liquefação de algumas camadas de sedimentos bem como as marcas de depósitos pós-tsunami. Os estudos vão continuar para que seja possível revelar mais dados sobre um momento tão importante na história da evolução do planeta.