Fotógrafo brasileiro captura fenómeno raríssimo conhecido como Sprite. Veja as imagens!
O fotógrafo brasileiro Gabriel Zaparolli conseguiu fotografar o fenómeno na costa do Rio Grande do Sul, durante uma forte tempestade em alto mar. Sprites são raríssimos e ainda pouco compreendidos pela ciência.
Um fotógrafo brasileiro conseguiu capturar uma descarga atmosférica extremamente difícil de ser vista. Gabriel Zaparolli registou o fenómeno na costa do Rio Grande do Sul, durante uma tempestade distante em alto mar, e partilhou as imagens nas suas redes sociais.
O fotógrafo estava a cerca de 413 quilómetros da cidade de Torres, no litoral norte do estado gaúcho, quando conseguiu registar o fenómeno que os meteorologistas batizaram de Sprite. De acordo com Zaparolli, as condições atmosféricas eram ideais e a tempestade estava a uma distância adequada para se observar o fenómeno, que ocorre acima das nuvens.
O fotógrafo contou com a ajuda do amigo Diego Machado, que tinha uma câmara com definições técnicas melhores e lente de abertura mais adequada para capturar sprites. As tempestades ocorreram durante a madrugada da passada terça-feira, 27 de junho, por volta das 2h da manhã (hora local).
O que são Sprites? Como se formam?
A palavra SPRITE é um acrónimo para o termo em inglês Stratospheric/ Mesospheric Perturbations Resulting from Intense Thunderstorm Electrification, que se traduz como perturbações estratrosféricas/mesosféricas resultantes da eletrificação de tempestades intensas.
Sprites são descargas elétricas de grande escala que ocorrem cerca de 50 a 90 km acima da superfície, partindo do topo de grandes tempestades. Acredita-se que Sprites ocorram ao mesmo tempo que descargas nuvem-solo positivas - aqueles mesmos raios que observamos entre a nuvem e a superfície durante tempestades.
O fenómeno mostra-se como um flash grande, embora fraco, de cor vermelha, que não dura mais do que alguns segundos. Devido à dificuldade de se observar o topo das tempestades e a fraca intensidade do fenómeno, Sprites raramente são vistos a olho nu e só podem ser observados durante a noite.
Devido à sua raridade, é muito difícil estudar Sprites e outros tipos de TLE (Transient Luminous Events, ou eventos luminosos transientes em português) e, embora haja hipóteses sólidas sobre a sua formação, estes eventos ainda são pouco compreendidos pela ciência.
O fotógrafo pretende continuar a capturar eventos atmosféricos e astronómicos. De acordo com Zaparolli, a meta agora é investir em equipamentos melhores que sejam capazes de capturar este tipo de fenómenos com maior qualidade. Assim, as pessoas poderão admirar cada vez mais os eventos naturais belíssimos que o planeta nos proporciona.