Explosão solar gigantesca pode atingir a Terra
Uma potente explosão solar pode vir a atingir a Terra num futuro próximo. Cientistas alertam que este evento pode acontecer dentro de 100 anos e arrasar com toda a tecnologia presente no nosso planeta.
É basicamente indiscutível que o sol assume um papel de extrema importância para a vida na Terra: sem ele não existiríamos. Assim, da mesma forma que esta enorme estrela possibilitou a nossa existência, pode também acabar com ela, se decidir começar a atuar.
Possivelmente, o nosso caro leitor já deverá ter ouvido falar de erupções solares, muito sucintamente são explosões energéticas que frequentemente se combinam com ejeções de massa que lançam partículas para o espaço. Os seus efeitos podem ser realmente devastadores.
Descoberta impressionante da Astronomia
Os astrónomos que estudam a Via Láctea tem observado nos últimos anos fascinantes exibições pirotécnicas da galáxia: superflares ou explosões/erupções solares. Estes eventos ocorrem quando as estrelas, por motivos que os cientistas ainda não compreendem, expelem enormes explosões de energia que podem ser avistadas a centenas de anos-luz de distância. Até recentemente, os investigadores supunham que estas explosões aconteciam principalmente em estrelas que, ao contrário das que são observáveis a partir do planeta Terra, eram jovens e ativas.
Agora, uma nova investigação revela com maior grau de certeza do que nunca que as superflares podem gerar-se em estrelas mais antigas e mais silenciosas como as nossas, ainda que apenas uma vez a cada poucos milhares de anos. Os resultados servem de alerta para a vida no nosso planeta, afirmou Yuta Notsu, principal autor do estudo e investigador convidado do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial CU Boulder.
Segundo o cientista, se uma superflare irrompesse do sol, a Terra iria provavelmente ser apanhada no caminho de uma onda de radiação de alta energia. Tamanha explosão poderia interferir com objetos eletrónicos em redor do globo, provocando um apagão generalizado e curto-circuito dos satélites de comunicação em órbita. De acordo com Notsu:
Os cientistas descobriram este fenómeno a partir de uma fonte improvável: o Telescópio Espacial Kepler. A nave espacial da NASA lançada em 2009, procura planetas que circulem estrelas longínquas da Terra. Contudo também descobriu algo peculiar acerca das próprias estrelas. Em raras ocasiões, a luz de estrelas remotas parecia tornar-se súbita e momentaneamente mais brilhante.Os investigadores apelidaram aquelas explosões gigantescas de "superflares" de energia.
Notsu explicou que as labaredas de tamanho normal são comuns no sol. Mas o que os dados do Kepler revelavam parecia ser muito maior, da ordem de centenas a milhares de vezes mais poderosa do que a maior explosão já registada com instrumentos modernos na Terra.
Poderá uma superflare ocorrer no nosso próprio sol?
De acordo com o referido por Notsu: "Quando o nosso sol era jovem, era bastante ativo porque rodava muito rápido e provavelmente expelia chamas mais poderosas. Não sabíamos era se essas grandes explosões ocorrem no sol moderno com frequência muito baixa."
Notsu não sabe quando o próximo grande evento de luz solar vai atingir a Terra. É uma questão de quando, não se. Ainda assim, há tempo para a Humanidade se preparar, protegendo a tecnologia no solo terrestre e em órbita da radiação espalhada pelo Espaço.