Estudo de meteorito revela nova teoria sobre a vida em Marte
Um meteorito de 4 mil milhões de anos, proveniente de Marte, não contém qualquer evidência de vida primitiva marciana, cientistas afirmam! Saiba mais aqui!
Este meteorito foi tema de conversa há 25 anos atrás, quando uma equipa liderada pela NASA anunciou que os seus compostos orgânicos poderiam ter sido deixados por seres vivos, por mais primitivos que fossem.
Ao longo das décadas, os investigadores estudaram esta teoria. No entanto, uma equipa de cientistas liderada por Andrew Steele, do Instituto Carnegie, publicou as suas descobertas no dia 13 de janeiro de 2022 com uma visão diferente.
Pequenas amostras do meteorito mostram que os compostos ricos em carbono são, na realidade, o resultado de água - provavelmente salgada -, que flui sobre a rocha durante um período prolongado, disse Steele. Os resultados foram publicados na revista Science.
O meteorito
Durante o passado húmido e precoce de Marte, pelo menos dois impactos ocorreram perto deste meteorito, aquecendo a superfície circundante, antes de um terceiro impacto o ter feito saltar do Planeta Vermelho para o Espaço há milhões de anos. A rocha de 2 quilos foi encontrada na Antártida em 1984.
As águas subterrâneas que se moviam através das fendas na rocha, enquanto ainda estava em Marte, formaram os minúsculos globos de carbono que estão presentes, segundo os investigadores. O mesmo pode acontecer na Terra e pode ajudar a explicar a presença de metano na atmosfera de Marte, disseram eles.
De acordo com Steele, os avanços tecnológicos tornaram possíveis as novas descobertas da sua equipa. Ele, em conjunto com outros cientistas, preocupou-se em apresentar os resultados "pelo que são, o que é uma descoberta muito excitante sobre Marte, e não um estudo para refutar" a premissa original - de que tinham sido seres vivos a deixar as marcas observadas.
A única forma de provar se Marte já teve ou ainda tem vida microbiana, segundo Steele, é trazer amostras para a Terra para análise. A Mars 2020 Perseverance da NASA já recolheu seis amostras para regressar à Terra em cerca de uma década.