Descobertas evidências de um nono planeta no nosso Sistema Solar
Os cientistas encontraram evidências de um nono planeta no Sistema Solar. Um estudo recente indica que a Terra pode ter um planeta irmão, do tamanho de Marte, e que estará nas áreas mais afastadas do Sistema Solar, para além da órbita de Neptuno.
Quando Plutão deixou de ser considerado como um planeta, por ser pequeno, passamos a ter apenas oito planetas conhecidos como sobreviventes da formação do nosso Sistema Solar: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. No entanto, os cientistas têm encontrado evidências de que a Terra pode realmente possuir outro planeta irmão do tamanho de Marte, localizado nas áreas mais inóspitas do Sistema Solar (a “Terceira Zona”), que poderá corresponder ao nono planeta e estar situado para além da órbita de Neptuno.
Marte pode ser demasiado pequeno para ser habitável
Para a Astronomia existem três grupos ou zonas: o primeiro, onde estão os planetas que orbitam o Sol dentro da cintura de asteroides entre Marte e Júpiter; o segundo, o sistema solar exterior e aquele que contém os gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno; e o terceiro e último, o reino de planetas anões como Plutão, Sedna, Eris, e inclusive cometas. Contudo, esta classificação é posta em causa pelos investigadores deste estudo, que a questionam no artigo científico publicado recentemente na Annual Review of Astronomy and Astrophysics, que consideram que algo não bate certo.
O Sistema Solar e as pistas que sugerem a existência de um nono planeta
Tentando compreender as origens do Sistema Solar, bem como é que os planetas surgiram e porque é que ocupam as órbitas atuais, os cientistas recorreram a simulações por computador, que, todavia, são incapazes de o explicar devido à falta de informação.
Os cientistas suspeitam que a ausência de informação se deve a uma explicação desconcertante e que envolve um ou mais planetas rochosos que em tempos orbitavam o Sol no sistema solar exterior (onde residem os gigantes de gás, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno). Agora, esse planeta rochoso (o dito nono planeta) talvez exista, mas, está para além dos limites do Sistema Solar ou até mesmo no espaço profundo.
As simulações mostram também que este planeta pode ter sido empurrado das regiões exteriores do sistema solar por causa da interação, ao longo do tempo, com os enormes campos de gravidade dos gigantes gasosos. Outra hipótese é que, simplesmente não tenha sido detetado.
Novos telescópios como um meio para confirmar esta teoria
Aliás, os cientistas argumentam que é improvável que a evolução natural do nosso sistema solar tenha quatro gigantes de gás e depois nada mais do que planetas anões. A lógica sugere que deveria haver alguns planetas de outros tamanhos, e as simulações suportam isso.
Adicionar outro planeta do tamanho de Marte ao sistema solar exterior, talvez entre dois dos gigantes do gás, produz um modelo mais preciso. Eventualmente, tal planeta teria sido empurrado mais para o espaço, quer juntando-se aos anões, quer tendo sido conduzido até ao espaço interestelar, onde viajaria sozinho.
Como mencionado no vídeo acima, os investigadores concluem que se tal planeta existir nos limites exteriores do sistema solar, novos telescópios em construção poderão ser capazes de o detetar e assim confirmar a sua teoria. Sem dúvida que a modelagem pode ser uma útil mais-valia para auxiliar os cientistas a localizar este planeta do tamanho de Marte, no entanto, a prova incontestável será encontrá-lo.