Conheça 7 dos mais perigosos vulcões e que mais preocupam os vulcanólogos

Existem no mundo cerca de 1.350 vulcões ativos, mas há uns que mais preocupam a comunidade vulcanológica. Neste artigo contamos-lhe quais são alguns dos vulcões mais perigosos do mundo.

O Vesúvio é responsável pelo histórico desaparecimento da cidade de Pompeia em 79 d.C..

Embora nem todos estejam em erupção, existem aproximadamente 1.350 vulcões ativos espalhados pelo mundo. A história tem mostrado repetidamente que as suas erupções podem ser verdadeiramente catastróficas, tanto para os humanos como para muitas outras espécies.

A escala de tempo geológica não tem nada a ver com a escala humana e o que para nós é algo que acontece de vez em quando, como as erupções vulcânicas, na verdade na escala geológica são muito “frequentes” e há muitas áreas no mundo que podem ser definidas como zonas vulcânicas ativas, o que significa que tiveram alguma erupção nos últimos 10.000 anos.

Algumas destas erupções ficaram eternizadas na história. São disso exemplos a erupção do vulcão Krakatoa em 1833, na qual morreram 33 mil pessoas, ou no Monte Tambora, que em 1815 matou 60 mil pessoas.

Já a erupção do Monte Tambora foi uma daquelas erupções vulcânicas capazes de afetar o clima global, teve grandes consequências a nível planetário, pois a grande quantidade de cinzas que expeliu para a atmosfera provocou uma alteração na quantidade de radiação solar que atingia a Terra. Isto arrefeceu o clima a tal ponto que o ano seguinte à sua erupção, 1816, ficou na história como o ano sem verão.

Existem no mundo um conjunto de vulcões que pela sua perigosidade, pela quantidade de pessoas que vivem nas proximidades, e pela possibilidade de entrarem em erupção se destacam. Estes são alguns dos sete vulcões mais perigosos do mundo e que mais preocupam os vulcanólogos.

Taal

O Taal é um dos vulcões mais ativos das Filipinas e, embora topograficamente falando não seja um vulcão muito proeminente, as suas erupções pré-históricas mudaram repetidamente a paisagem do sudoeste de Luzon e causaram inúmeras mortes ao longo da história.

O Taal possui uma caldeira chamada Talisay, cheia de magma e na qual ocorreram 4 erupções de magnitude 4 no índice de explosividade vulcânica nos últimos 200 anos. Também uma erupção de magnitude 5 nos últimos 5.500 anos. Nas suas proximidades vivem cerca de 24,8 milhões de pessoas que podem ser afetadas por uma das suas poderosas erupções.

O Taal, localizado nas Filipinas, é um dos mais ativos deste país do sudoeste asiático.

Monte Vesúvio

Este vulcão foi protagonista de uma das erupções mais conhecidas da história, que em 79 d.C. destruiu as cidades romanas de Pompeia e Herculano, juntamente com outros assentamentos. Hoje, cerca de seis milhões de pessoas vivem na cidade de Nápoles e arredores.

Junto com a caldeira vizinha dos Campos Flégreos, parcialmente submersa no mar, e outros vulcões da região, o Vesúvio é o resultado da colisão das placas tectónicas africana e euroasiática. Ao longo dos últimos 17.000 anos, este vulcão composto exibiu 8 grandes erupções explosivas do tipo Pliniano, que enviam densas colunas de gás, cinzas e rocha para a estratosfera.

Popocatépil

O vulcão mais ativo do México costuma estar entre as maiores preocupações dos vulcanólogos, especialmente por dois motivos: a sua atividade regular, que voltou a manifestar-se em 1994 (depois de quase meio século de silêncio) e tem causado explosões frequentes desde então, e a proximidade à Cidade do México, onde habitam cerca de 9 milhões de pessoas.

Este estratovulcão teve a sua última erupção em agosto de 2023, mas nos últimos 500 anos registou 18 erupções. É o segundo vulcão mais alto do México, tem formato cónico simétrico e também glaciares perenes perto da boca da sua cratera, o que representa uma ameaça adicional.

Monte Merapi

É um dos vulcões mais ativos da Indonésia, está em erupção há séculos e está localizado numa das áreas mais densamente povoadas do mundo, dominando a paisagem ao norte da cidade de Yogyakarta.

O Merapi, localizado na Indonésia, teve no ano passado uma erupção trágica, que tirou a vida a pelo menos 20 pessoas.

A atividade do vulcão mantém em estado de alerta os mais de três milhões de habitantes da cidade vizinha de Yogyakarta e arredores, mas quem tem mais motivos de preocupação são os milhares de moradores que vivem nas suas encostas, especialmente por causa do notável hábito do Merapi de entrar em erupção com fluxos piroclásticos, avalanches de gás em chamas e material vulcânico que descem, devastando as encostas a centenas de quilómetros por hora. A sua última erupção ocorreu no ano de 2022.

Krakatoa

O vulcão Krakatoa é um vulcão caldeira localizado no Estreito de Sunda, entre as ilhas de Java e Sumatra, famoso pela violenta erupção ocorrida em 1883. Em 27 de agosto desse ano, quatro imensas explosões que puderam ser ouvidas a até 5 mil quilómetros de distância destruíram quase três quartos do arquipélago.

Os tsunamis gerados custaram a vida de mais de 36 mil pessoas. A erupção do Krakatoa libertou energia 13 mil vezes maior que a da bomba atómica de Hiroshima. É um vulcão muito ativo e a última erupção foi em junho de 2023. Devido à sua história recente, o Anak Krakatau, como é conhecido localmente na Indonésia, é considerado por muitos como um dos vulcões mais perigosos do mundo.

O Etna é considerado o quinto vulcão mais ativo do mundo. A imagem mostra uma erupção em fevereiro de 2021.

Etna

Situado na Sicília, a sul de Itália, é o maior vulcão da Europa e um dos maiores do mundo. Com mais de 3.300 metros de altitude e mais de 200 crateras formadas ao longo de milhares de anos, esta super montanha está em permanente atividade, com a libertação de vapor e gases.

Esta segunda-feira (15) a cratera Voragine expeliu lava e uma chuva de cinzas. A fumaça atingiu cerca de 6.000 metros de altura e obrigou o aeroporto de Catânia, na Sicília, a suspender os voos.

Kilauea

Localizado na Ilha Grande do Hawai, este é um dos muitos vulcões que estão atualmente ativos no arquipélago, sendo conhecido como o vulcão mais ativo do mundo. É considerado um vulcão jovem e, de acordo com cálculos científicos, tem aproximadamente 300.000 a 600.000 anos.

As suas erupções são do tipo efusivas e a lava desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias. O Parque Nacional de Vulcões do Hawai, onde o Kilauea está localizado, já teve que ser fechado algumas vezes desde a sua criação para garantir a segurança dos turistas e moradores das proximidades do vulcão.