Ciência revela os segredos por detrás das verdadeiras origens de Cristóvão Colombo

Um documentário da Story Producciones veio desvendar todo o secretismo por detrás das verdadeiras origens de Cristóvão Colombo. Fique a saber mais aqui!

Descoberta sobre Colombo
As descobertas, reveladas num novo documentário, afirmam que o explorador escondeu a sua verdadeira identidade para evitar a perseguição religiosa na Europa.

Cristóvão Colombo, o descobridor da América, afinal não era genovês, mas sim um judeu convertido da zona mediterrânica, segundo um documentário transmitido pela TVE, um canal espanhol.

Este grande navegador pertencia a uma família de judeus convertidos de Valência, de acordo com dados genéticos, o que o obrigou a esconder o seu verdadeiro local de nascimento, segundo uma investigação dirigida por José Antonio Lorente, professor de Medicina Legal e Forense da Universidade de Granada.

Ao longo da peça audiovisual são desvendadas oito teorias que descartam a possibilidade de o almirante ser guadalajara, português, galego, navarro ou maiorquino, de acordo com várias hipóteses que poderiam ser contrastadas com o ADN de hipotéticos familiares.

A história de Colombo através das suas viagens

Colombo morreu e foi sepultado em Valladolid em 1506, mas pouco tempo depois foi transferido para o Mosteiro da Cartuja, em Sevilha.

O desejo da família era que ele fosse sepultado em terras que tinha descoberto, nomeadamente na ilha de Hispaniola, pelo que conseguiram levar os seus restos mortais para a catedral de Santo Domingo.

Navegador
Retrato da partida de Cristóvão Colombo, em 1492, quando descobriu a América.

Porém, em 1795, a capital dominicana passou para as mãos dos franceses. Em teoria, os espanhóis teriam levado os ossos para a catedral de Havana. Mas após a independência de Cuba em 1898, atravessaram o Atlântico pela última vez para descansar na catedral de Sevilha, onde foi erguido um túmulo monumental.

Todavia, na República Dominicana não se concorda com esta última parte da história. Durante as obras de construção da catedral, em 1877, foi encontrada uma caixa de chumbo com fragmentos de ossos e a inscrição "Varón ilustre y distinguido Cristóbal Colón" (Homem ilustre e distinto Cristóvão Colombo).

Segundo as autoridades dominicanas, os espanhóis tinham-se enganado no cadáver, pelo que construíram um túmulo monumental para ele e reclamaram para si os restos mortais do descobridor da América.

Estátua
Estátua de Cristóvão Colombo.

A disputa entre Santo Domingo e Sevilha mantém-se até aos dias de hoje.

Uma investigação complexa

Em 2003, as investigações de José Antonio Lorente concluíram que os restos mortais conservados em Sevilha pertenciam ao descobridor da América.

"A revolução tecnológica na biologia molecular ocorreu em 2010, quando o primeiro ADN humano antigo foi sequenciado".
Cristina Valdiosera Morales, arqueóloga molecular da Universidade de Burgos.

Porém, a escassa quantidade de 200 gramas de osso conservado impediu a continuação da investigação. Até então, a investigação, com mais de 20 anos, encontrava-se estagnada, mas foi retomada graças aos avanços que possibilitam o estudo do ADN antigo.

No entanto, é provável que a polémica em torno de Colombo não termine com este documentário.