Amásia: o próximo supercontinente que mudaria o mapa da Terra
Consegue imaginar uma Pangeia "fresca"? Pesquisas recentes sugerem o movimento do nosso planeta para formar um supercontinente desconhecido. Saiba mais aqui!
De certa forma, a Ciência desperta nos seres humanos uma curiosidade que se mantém durante gerações através do conhecimento emergente. Por exemplo, relativamente à formação dos nossos continentes atuais, acredita-se que a sua origem está ligada a dois movimentos essenciais: a introversão e a extroversão.
A introversão implica o encerramento dos oceanos internos nascidos durante a rutura do supercontinente anterior, enquanto que a extroversão está relacionada com o encerramento do superoceano externo anterior. E, apesar de todos os avanços tecnológicos, todo o processo é ainda pouco claro.
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Para lançar alguma "luz" a este respeito, um estudo publicado na National Science Review aborda estas incertezas através da modelação geodinâmica 4D, utilizando formas tectónicas realistas. Os resultados mostram que o limite elástico da litosfera oceânica desempenha um papel fundamental na determinação do caminho para a criação de um supercontinente.
Outro aspeto importante a salientar é que a introversão (encerramento dos oceanos) só foi possível no período Pré-Câmbrico. O Pré-Câmbrico foi a fase mais longa do tempo geológico, os primeiros quatro mil milhões de anos do nosso planeta. Foi, portanto, um período que testemunhou a origem da vida.
Quando e como se formará a Amásia?
Para começar, não estaremos aqui, nem tampouco as nossas gerações futuras mais próximas. Teremos de esperar entre 200 e 300 milhões de anos pela formação do supercontinente "Amásia" no nosso planeta através do encerramento do Oceano Pacífico, em vez dos Oceanos Índico e Atlântico.
Um facto curioso é que "Amásia" é uma palavra formada pelos termos América e Ásia, porquê? O estudo revela que a colisão de ambos os continentes daria origem à sua criação. Além disso, a Austrália seria uma espécie de "amálgama", entre a América e a Ásia, causando o encerramento total do Oceano Pacífico.
Desta forma, em mais cerca de 280 milhões de anos, teríamos apenas um supercontinente no nosso planeta. O Oceano Pacífico deixaria de existir e tudo estaria interligado. Um cenário terrestre que acontece a cada 600 milhões de anos.