A Fossa das Marianas: o local mais profundo da crosta terrestre! Mergulhe a quase 11.000 metros de profundidade!
Mergulhe na fascinante Fossa das Marianas, o ponto mais profundo dos oceanos, onde a pressão é esmagadora e a vida desafia a crença. Descubra a sua história, a sua exploração e os segredos que ainda esconde. A viagem começa agora!
Os oceanos cobrem cerca de 71% da superfície do nosso planeta, atuando como os pulmões da Terra, reguladores do clima e albergando uma impressionante variedade de biodiversidade. No entanto, apesar da sua omnipresença, os oceanos continuam a ser misteriosos e incompreendidos. Neste artigo, exploramos a razão pela qual os oceanos ocupam uma parte tão grande da Terra, a variedade das suas profundidades e os fatores geológicos que explicam estas diferenças.
Os oceanos são o resultado de milhares de milhões de anos de evolução geológica. Inicialmente, a Terra era uma bola de matéria fundida que arrefeceu gradualmente. A água, sob a forma de vapor, estava presente na atmosfera primitiva e, com o tempo, este vapor condensou-se, formando os oceanos. A tectónica de placas moldou os continentes, mas a água, devido à sua abundância e gravidade, preencheu as bacias oceânicas formadas entre estas placas tectónicas.
Qual é a profundidade dos oceanos?
A profundidade média dos oceanos é de cerca de 3.688 metros, mas esta medida pode variar consideravelmente de um oceano para outro. Por exemplo, o Oceano Pacífico tem uma profundidade média de 4.000 metros, enquanto o Oceano Ártico é muito mais raso, com uma profundidade média de apenas 1.038 metros.
O Oceano Pacífico detém o recorde de maior profundidade, devido à presença da Fossa das Marianas. No outro extremo do espectro, o Oceano Ártico é o mais raso dos cinco oceanos, principalmente devido à sua pequena dimensão e à proximidade de massas de terra que limitam a sua profundidade.
Como é que se explicam estas diferenças de profundidade?
As diferenças de profundidade entre os oceanos podem ser atribuídas a vários fatores geológicos. Por exemplo, a tectónica de placas, a erosão e as correntes oceânicas desempenham um papel na formação dos fundos marinhos. A presença de fossas oceânicas, montes submarinos e plataformas continentais também contribui para a variedade de profundidades dos oceanos.
A Fossa das Marianas: o ponto mais profundo dos oceanos!
A Fossa das Marianas é uma das formações geológicas mais fascinantes e misteriosas do nosso planeta. Localiza-se na parte ocidental do Oceano Pacífico, a leste das Ilhas Marianas. Esta fossa oceânica é o ponto mais profundo conhecido dos oceanos da Terra, com uma profundidade máxima de cerca de 10.984 metros, numa região conhecida como Challenger Deep.
Formação e descoberta
A Fossa das Marianas formou-se em resultado da colisão entre a placa tectónica do Pacífico e a placa das Filipinas. A placa do Pacífico foi empurrada para baixo da placa das Filipinas num processo chamado subducção. Este fenómeno geológico criou esta fossa submarina profunda. O seu nome vem das ilhas vizinhas das Marianas, que por sua vez receberam o nome da Rainha Mariana da Áustria e da Rainha Mariana de Espanha.
A fossa foi descoberta em 1875 durante a expedição do HMS Challenger, daí o nome "Challenger Deep" para o ponto mais profundo. As sondagens modernas confirmaram e ajustaram as medições de profundidade utilizando tecnologias mais sofisticadas, como os ecobatímetros multifeixe e os submersíveis de alto mar.
Exploração da fossa
Devido à sua profundidade e condições extremas, a Fossa das Marianas tem sido pouco explorada. A pressão a estas profundidades é avassaladora, cerca de 1000 vezes superior à pressão atmosférica normal ao nível do mar, e as temperaturas são ligeiramente superiores a zero graus Celsius. A primeira viagem real à fossa foi efetuada em 1960 por Don Walsh e Jacques Piccard a bordo do batiscafo Trieste. Desde então, houve mais algumas expedições, incluindo missões robóticas e descidas a solo, como a do realizador de cinema James Cameron em 2012.
A Fossa das Marianas tem uma importância científica real!
A Fossa das Marianas é também importante para a investigação científica. As condições extremas levaram à formação de comunidades biológicas únicas que conseguem sobreviver em ambientes inóspitos. Estas formas de vida podem oferecer conhecimentos valiosos sobre as fronteiras da biologia e, potencialmente, aplicações médicas e biotecnológicas. Para além disso, o estudo da fossa pode também fornecer informações sobre a geologia da Terra e os processos de subducção.
A Fossa das Marianas continua a ser um território largamente inexplorado que continua a fascinar os cientistas, os exploradores e o público. O seu estudo poderá abrir novas janelas para a nossa compreensão do nosso planeta e da própria vida.