2020 prestes a registar recorde de calor, catástrofe do clima começou?

No final de 2019, os investigadores britânicos do serviço meteorológico MetOffice anunciaram que o ano 2020 poderia ser muito quente. Falaram de um lugar no top 5 dos anos mais quentes desde 1880, o início dos registos meteorológicos. E até agora, infelizmente, acertaram nas suas previsões. O ano 2020 está a ser quase tão quente como o de 2016 e está atualmente no segundo lugar entre os anos mais quentes em 140 anos. Maio de 2020 foi realmente muito quente e uma região em particular destaca-se repetidamente: a Sibéria.

São estas, as alterações climáticas? Está a acelerar agora? É bem possível. Os 10 anos mais quentes desde 1880 foram todos entre 2000 e 2020. Nota-se que o aquecimento global está a acelerar e que os recordes do aquecimento global continuam a ser batidos. Um recorde após outro. Quase não há tempo para a Terra e a Humanidade recuperarem o fôlego.

Recordes na Índia, Sibéria, Itália...

Os primeiros cinco meses já bateram vários recordes através dos seus registos. Na Sibéria foi o Inverno mais quente desde o início dos registos meteorológicos, e num destes sábados de junho foram medidos 38 graus Celsius, a semana com temperatura mais elevada desde 1885. Há algumas semanas atrás a Índia também experienciou calor recorde com valores máximos de até 50 Graus. As investigações são claras: à escala global, muitas regiões têm registado temperaturas recorde ou regiões onde tem estado mais quente do que o habitual durante este ano de 2020.

As regiões onde esteve mais frio são fáceis de gerir e claramente minoritárias. É espantoso que ainda haja pessoas que questionam o aquecimento global. Frase popular: Este sempre foi o caso ou costumava ser o caso no passado, só que agora já não sabemos. Não, não era assim no passado e sim, conhecemo-lo muito bem. Podia-se reconstruir o clima muitos séculos no passado e sabe-se muito bem como era então.

2020 continua no caminho do aquecimento

Enquanto o tempo quente persiste na Alemanha na atualidade, está tão quente como no Mediterrâneo e na Sibéria. Durante vários dias já foram registados valores máximos de até 38 Graus. Isto é mais do que invulgar para esta região. Foi desencadeada uma reação em cadeia. O calor cria incêndios florestais, que por sua vez produzem gases que se escapam para a atmosfera e ainda a poluem mais. Além disso, as áreas queimadas ficam frequentemente negras. O preto absorve muito bem os raios solares, por isso o solo aquece e o enorme derretimento torna-se ainda mais rápido.

É como um carrossel que vai cada vez mais rápido. No passado, a Sibéria destacava-se pelas suas invasões de ar frio até nós. Hoje pelos seus registos de calor. Os tempos mudaram com certeza. É apenas uma questão de tempo até que o calor se instale definitivamente também aqui na Europa. 38 graus na Sibéria não é um bom sinal para o nosso verão. Este calor pode em breve começar a abater-se em cima de nós. Um olhar para os modelos meteorológicos de terça-feira de manhã já mostra que o calor do Verão está a ser gradualmente prolongado, agora já para a semana seguinte! Isso ainda pode ser muito excitante!