Vulcão Wolf em erupção nas Galápagos, santuário das iguanas rosadas
De acordo com o Instituto Geofísico do Equador, na passada sexta-feira, dia 7 de janeiro, o vulcão Wolf entrou em erupção nas Ilhas Galápagos. Apesar das imagens chocantes, as autoridades garantem que não existe qualquer perigo para a população.
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O vulcão Wolf entrou em erupção no arquipélago das Galápagos, Equador. Situado na ilha Isabela, a maior ilha deste arquipélago e o verdadeiro santuário das iguanas cor-de-rosa, uma espécie única no mundo, a erupção vulcânica, segundo as autoridades, não coloca em perigo a população.
Este vulcão concentra-se no lado oposto da ilha, a cerca de 100 km de povoamentos humanos. Ainda assim, as pessoas devem evitar chegar perto do mar, pois os fluxos de lava podem causar explosões ao chegar à água.
De acordo com a NASA, o brilho da erupção vulcânica foi capturado pelo satélite NOAA-NASA Suomi NPP, onde é possível ver a lava expelida do vulcão Wolf, no extremo norte da Ilha Isabela. A maior ilha do arquipélago de Galápagos fica a cerca de 1.100 km da costa oeste do Equador.
De acordo com o Instituto Geofísico de Quito, o vulcão começou a entrar em erupção no final de 6 de janeiro, enviando fluxos de lava incandescente pelos flancos do vulcão e projetando nuvens de cinzas até cerca de 3.800 metros de altitude.
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O Wolf, o mais alto vulcão das Ilhas Galápagos, tinha entrado em erupção pela última vez em 2015, com uma erupção classificada como 4 no Índice de Explosividade Vulcânica (VEI) (intervalo de 0 a 8), após 33 anos de inatividade, sem afetar a vasta fauna e flora pela qual a ilha é conhecida.
Uma das erupções anteriores do vulcão, em 1797, foi a primeira erupção histórica documentada nas Ilhas Galápagos.
As Ilhas Galápagos
As Ilhas Galápagos, que receberam o nome das suas tartarugas gigantes, foram o laboratório natural do cientista inglês Charles Darwin para a sua teoria sobre a evolução das espécies no século XIX. Na ilha Isabela também estão os vulcões Darwin, Alcedo, Cerro Azul e Sierra Negra, todos ativos.
O arquipélago das Galápagos, considerado Património Mundial da UNESCO, é o lar da iguana terrestre rosa criticamente ameaçada. O isolamento das ilhas e a sua localização na confluência das principais correntes oceânicas deram origem a espécies únicas.
Going under water in the Galapagos Islands will be like this. There's so much to see and live! #nature #galapagosIslands #Galapagos #conservancy pic.twitter.com/TxIc3Jj3Nc
— Go Galapagos Ecuador (@go_galapagos) January 5, 2022
Possui flora e fauna únicas no planeta e faz parte da reserva mundial da biosfera. Perto da costa vê-se uma grande variedade de aves marinhas, como pinguins, petréis, mergulhões, falcões-das-galápagos, pombos-das-galápagos e pelicanos, além de iguanas marinhas, tartarugas, leões-marinhos e caranguejos.
Nas vertentes e caldeiras dos vulcões da ilha Isabela há ainda vegetação muito interessante.