Vulcão Krakatoa deixa Indonésia em alerta máximo
Um país em alerta máximo, é como se encontra a Indonésia nos últimos dias, após o grande tsunami, provocado pela erupção do vulcão Krakatoa, localizado no Estreito de Sunda, entre as ilhas de Java e Sumatra.
As autoridades indonésias elevaram o nível de alerta do vulcão Anak Krakatoa, depois da primeira erupção ter originado um tsunami que causou até agora 430 mortos, 159 desaparecidos e mais de 22 mil desalojados. O próximo passo das autoridades indonésias é inspecionar visualmente o vulcão Anak Krakatoa, depois de se saber que grande parte do vulcão entrou em colapso, e que parte de uma parede da cratera do vulcão pode ruir a qualquer momento, depois da forte erupção da semana passada que provocou o tsunami.
As autoridades pretendem determinar o nível de atividade do Krakatoa uma vez que este continua ativo, expelindo cinza vulcânica, que se espalha até à costa de Java desde a noite de quarta-feira. As autoridades esclareceram que a cinza não é perigosa, mas aconselharam os moradores a usarem máscaras e óculos de proteção quando saírem, e todo o espaço aéreo na zona foi interditado.
Segundo o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres da Indonésia, Sutopo Purwo Nugroho, o alerta passou para o nível 3, o segundo mais alto numa escala de 4, sendo que o raio de exclusão em torno do vulcão foi estendido, de dois para cinco quilómetros.
Segundo a chefe da Agência de Meteorologia, Geofísica e Climatologia do país, Dwikorita Karnawati, existe a possibilidade de se registarem novas ondas altas e fortes chuvas, num momento em que a parede da cratera do vulcão arrisca ruir.
Sismos,incêndios, tsunamis, são consequência direta das alterações climáticas
O Tsunami na Indonésia, os incêndios na Grécia, Estados Unidos e Suécia, furações, tufões, inundações e erupções de vulcões deixaram um rasto de milhares de mortos e feridos em 2018, além de avultados estragos materiais.
Alguns destes fenómenos estão diretamente ligados às alterações climáticas, que potenciam os desastres naturais. A ideia foi defendida no passado dia 02 de dezembro, durante os trabalhos da 24.ª conferência da ONU para o clima (COP24), em Katowice.
A Secretária Executiva das Nações Unidas para a Mudança do Clima,Patrícia Espinosa, alertou: "os impactos das alterações climáticas nunca foram tão graves”. Por isso mesmo a dirigente considera que a comunidade internacional deve “fazer muito mais” para contrariar a situação.