Tubarão-branco juvenil é visto em ambiente selvagem pela primeira vez

A descoberta de um exemplar recém-nascido desta espécie levou os cientistas ao êxtase. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!

Tubarão.
Um tubarão-branco adulto é uma imagem imponente, para além de ser um dos animais mais implacáveis dos oceanos.

Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia acredita ter feito uma descoberta científica, do ponto de vista da vida marinha, mais especificamente do tubarão-branco. Uma cria recém-nascida, que não teria mais do que um dia de vida, foi avistada pela primeira vez em ambiente selvagem, ao largo de Santa Bárbara, na Califórnia.

(...) uma descoberta deste género pode ter implicações na própria conservação de uma espécie que está cada vez mais ameaçada, principalmente em resultado das atividades humanas.

Segundo a mesma equipa, o processo de nascimento de um espécime do grande tubarão-branco nunca foi presenciado em ambiente selvagem, sendo que nunca foram vistos recém-nascidos e, por consequência, nunca se identificou um local ou uma área de nidificação desta espécie. Esta descoberta aconteceu em julho do ano passado, quando os investigadores localizaram e fotografaram um exemplar com cerca de 1,5 metros e totalmente branco.

O Tubarão-Branco (Carcharodon carcharias) pertence ao reino animal. É o peixe predador de maiores dimensões existente nos dias de hoje. Um tubarão-branco pode atingir 7,5 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas.

Uma cuidadosa análise das imagens permitiu compreender que a camada branca que envolvia o pequeno tubarão era uma camada embrionária que estava a desaparecer enquanto o animal nadava. Sendo que no mesmo período tinham sido fotografados tubarões claramente grávidos, na mesma área, é bastante provável que as águas do Pacífico, junto aquele estado norte americano sejam o berço de uma das espécies mais temidas pelo ser humano.

Implicações da descoberta

Apesar de os investigadores terem publicado um artigo numa revista científica sobre este assunto, esta descoberta ainda vai passar por um processo de validação. A confirmar-se, terá algumas implicações no que se sabe acerca desta espécie. A área do avistamento já era apontada há anos como uma área de nidificação, sendo que nunca se tinha confirmado.

Outra das implicações está relacionada com a proximidade à linha de costa. Por outras palavras, acreditava-se que os tubarões-brancos nasciam em águas profundas, mais no interior dos oceanos. Esta descoberta, a cerca de 300 metros da linha de costa, dá a entender que os tubarões poderão dar à luz em águas pouco profundas.

É ainda importante destacar que uma descoberta deste género pode ter implicações na própria conservação de uma espécie que está cada vez mais ameaçada, principalmente em resultado das atividades humanas. Delimitar uma área próxima da costa, que seja comprovadamente local de nascimento de tubarões-brancos, pode levar à criação de legislação com o objetivo de proteger as águas e assim levar a espécie a prosperar.