Terramoto de magnitude 5,3 sentido em várias cidades de norte a sul de Portugal: eis as últimas informações dos peritos
Esta madrugada um forte tremor de terra foi sentido por milhares de pessoas em Portugal, Espanha e Marrocos. A magnitude foi notável e os especialistas já começaram a fazer um balanço do acontecimento.
Um grande terramoto acaba de atingir o oeste da Península Ibérica. Com epicentro no Atlântico, embora perto de Lisboa, a poucos quilómetros a sudoeste da capital portuguesa, o abalo foi sentido pouco depois das 5 horas da manhã em vários pontos de norte a sul do país, com maior intensidade na Região Sul, e em particular na Área Metropolitana de Lisboa. De acordo com o IPMA, teve uma magnitude de 5,3 e uma profundidade de 19 quilómetros.
Rapidamente se tornou um dos temas mais comentados nas redes sociais. O sismo chegou mesmo a entrar em alguns emissões em direto de meios de comunicação social portugueses, surpreendendo os apresentadores de noticiários como a CNN Portugal.
Este foi o caso mais divulgado, mas há numerosos testemunhos de pessoas que afirmam ter sido acordadas pelo tremor, por exemplo no Algarve ou mais a norte em Ovar. Outros aperceberam-se do fenómeno quando se levantaram para ir trabalhar, e também o ouviram, porque o tremor produziu um ruído considerável.
Os testemunhos mais numerosos vêm de Lisboa, ou de distritos próximos a Lisboa, como Setúbal ou Santarém. Segundo se lê no Notícias ao Minuto, Vítor Carvalho, no Cartaxo, diz que "sentiu bastante" o tremor. "Estava a dormir e acordei com a cama e todo o quarto a abanar, juntamente com um barulho enorme parecido com uma forte tempestade (cerca de 5 a 10 segundos, que pareceram bem mais)."
Depois veio a questão do aparecimento de um tsunami, algo que os especialistas rapidamente descartaram para tranquilidade dos habitantes das zonas costeiras.
Causou um grande sobressalto, mas com a intensidade registada não deverá ter provocado quaisquer danos, apenas danos menores, de acordo com a casuística do USGS, que rapidamente emitiu um relatório automático. Este facto foi também confirmado pouco depois pela Proteção Civil portuguesa, que disse não ter qualquer registo deles ou de quaisquer vítimas. Diz, no entanto, ter recebido inúmeros telefonemas do Alentejo a Coimbra. E também houve relatos de outras zonas mais a norte, como Ovar, Porto, Maia ou Matosinhos.
O comandante deste organismo, Bruno Borges, em declarações à RTP, deu algumas recomendações em caso de réplicas, como procurar locais abertos ou com estruturas resistentes, optando, caso contrário, por se abrigar debaixo das ombreiras das portas.