Tempestade tropical Pilar fustiga a América Central e já deixou 2 mortos em El Salvador
Uma área que tem sido afetada e ainda está a lidar com as consequências da passagem de algumas tempestades de grandes dimensões poderá voltar a ser visada nos próximos dias. Fique a saber mais sobre o assunto, connosco!
Depois da passagem do furacão Otis, a meio da semana passada, pela América Central e em particular na região de Acapulco, estado de Guerrero, no México, onde vitimou pelo menos 54 pessoas (40 vítimas mortais e 6 desaparecidos) para além dos elevados danos materiais, é provável que na mesma área surja a influência de mais uma tempestade, agora denominada Pilar.
A tempestade tropical Pilar estava ao final do dia de ontem a cerca de 330 km a Sudoeste da capital de El Salvador, São Salvador e a 540 km a Oeste de Manágua, capital da Nicarágua. Estava a avançar para És-Nordeste (ENE) a uma velocidade de 7 km/h, registando ventos máximos sustentados na casa dos 85 km/h e uma pressão atmosférica no seu centro de aproximadamente 1000 milibares.
Tendo em conta a progressão desta tempestade, toda a linha de costa da Guatemala, de El Salvador, das Honduras e da Nicarágua, bem como os estados mexicanos que estão mais próximos da fronteira com a Guatemala, nomeadamente Chiapas, Oaxaca e Guerrero devem estar em alerta para os possíveis efeitos da passagem de mais uma tempestade com origem no Pacífico Central.
Em El Salvador, aliás, já foram registadas 2 mortes devido à passagem da tempestade tropical Pilar, segundo informações avançadas pela AP News.
Evolução e efeitos em terra
Espera-se que a tempestade Pilar continue a ganhar força durante o dia de hoje, podendo mesmo alcançar a força de um furacão de categoria 1 na Escala de Saffir-Simpson, mas mais perto do fim do dia é expectável que mude de direção (para Oés-Sudoeste (OSO) e para mais longe de terra emersa) resultando numa perda de força que se vai verificar essencialmente a partir de amanhã e nos dias seguintes.
Ainda durante o dia de hoje é expectável que a passagem desta tempestade tropical produza chuvas fortes que podem oscilar entre os 250 mm e 380 mm, dependendo da região. Esta quantidade colossal de pluviosidade tem o potencial de provocar inundações repentinas, inundações urbanas, bem como deslizamentos de terras, principalmente nas áreas mais montanhosas. É expectável ainda vento forte e agitação marítima.
A evolução desta tempestade passará por uma lenta caminhada em direção ao Oceano Pacífico, numa trajetória mais ou menos paralela à linha de costa do México. Apesar de perder alguma força, o nosso modelo de previsão aponta para que no dia 4 de novembro e durante o fim de semana, esta tempestade continue a registar rajadas de vento com valores superiores a 100 km/h, sem, contudo, afetar áreas densamente povoadas.
Esta tempestade poderá não ser o único foco de preocupação na América Central, já que se está a desenhar outra situação de grandes dimensões, com elevada probabilidade de ocorrência, ao largo das Caraíbas.